Somos seres violentos!

Vivemos em mundo que é naturalmente pacífico que passa, contudo, por momentos de violência ou vivemos em um mundo que é naturalmente violento e que passa por momentos de pacificidade? Sem titubear, respondo a questão afirmando que vivemos em mundo com as características da segunda afirmação, quais sejam, estamos em mundo que é naturalmente violento mas que, esporadicamente, passa por momentos de pacificidade.

Mas por qual motivo, todavia, o mundo no qual vivemos é violento? Muito simples a resposta: vivemos em um mundo naturalmente violento que passa por intervalos de pacificidade pois nós, seres humanos, aqueles que possuem o domínio sobre ele, o mundo no qual vivemos, somos naturalmente violentos.

Porém, surge a questão, que é mais comum aos idealistas e otimistas: como fazemos para tentar dominar este lado violento que naturalmente há em nós? Nós não o dominamos, somos violentos sempre, cotidianamente violentamos alguém. Em alguns este lado violento se apresenta de modo sútil, ao contrário do que acontece em outros onde ele se apresenta em sua plenitude.

Tal reflexão, que carrega em si o mais alto pessimismo, surgiu-me a partir de um filme mexicano que eu assistira recentemente, cujo nome é Después de Lúcia. De modo muito preciso o diretor do filme, Michel Franco, nós mostra o lado violento que naturalmente faz parte da constituição do homem e que aparece nos momentos mais banais possíveis.

Não obstante não termos a capacidade de dominarmos nosso lado violento, temos sim, julgo, a capacidade de atenuá-lo. É arte, ou melhor, é por meio de sua contemplação que nos tornamos sujeitos menos violentos. É na arte que a violência manifesta e latente que há em nós pode ser atenuada.

RAFA PASSANT
Enviado por RAFA PASSANT em 11/12/2014
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