ALGUMA COISA ESTÁ FORA DA ORDEM

Não está tendo mais para onde correr. A população ordeira está acuada. O medo, a insegurança e o desassossego, agora são parte do cotidiano das pessoas, tamanha a vulnerabilidade em que se encontram, frente à criminalidade imperante.

A impressão é a de que a legislação e suas aplicações estão favorecendo como nunca, o crime organizado. Os marginais agem incólumes, assaltando, torturando, mutilando suas vítimas e aterrorizando toda a sociedade.

Em passado relativamente recente, os celerados se limitavam a abordar suas vítimas, subtrair-lhes os pertences e valores, fugindo em seguida, para não serem capturados. Hoje eles atacam os postos policiais, delegacias, cadeias e quartéis, roubam armas e munições e com as armas roubadas, praticam assaltos e homicídios, perseguem e matam policiais, em absurda afronta ao poder constituído.

Os assaltos a shoppings centers, as “ilhas de segurança”, a agências bancárias, a caixas eletrônicos e a prédios comerciais e residenciais, estão se tornando corriqueiros e às vezes, cinematográficos.

Os meliantes não estão se contentando mais apenas em furtar, roubar e depredar. Estão estuprando – quando mulheres, torturando e matando cruelmente as suas vítimas, mesmo quando estas não oferecem resistências.

As diversas Comissões de Direitos Humanos espalhadas pelo país, assim como vários operadores do direito, alguns filósofos e alguns psicólogos, em suas falácias, seguem firmes na defesa dos chamados “Direitos Humanos dos Presos”. A eles, os malfeitores, todos os direitos, inclusive o de ter asseguradas 5 refeições balanceadas ao dia, auxílio reclusão e tantas outras regalias.

Não que eu faça oposição a que os presos tenham direitos e sejam tratados dignamente, mas, é desalentador saber que nada disso está produzindo os resultados ansiosamente esperados pela sociedade. Ao contrário tudo o que se tem feito nesse sentido, está altamente a serviço da criminalidade, que tem se deleitado com tanta proteção, regalias e poderes, proporcionados pelo próprio Estado.

Primeiramente devem-se garantir à sociedade ordeira, o direito de ir, vir e permanecer em segurança, conforme preceitua a Constituição Federal vigente. É essa sociedade que carece de toda atenção e proteção, até mesmo por uma questão de lógica, visto que é ela que mantém, através de criação de postos de trabalho, do pagamento de impostos, de taxas e de contribuições, toda a máquina estatal.

Enquanto isso a maioria da população trabalhadora luta para conseguir alimentar a si e aos seus filhos, minimamente. Não podem, com o produto do seu trabalho honesto, garantir aos seus, a mesma qualidade nutricional assegurada pelo Estado, aos detentos.

Aqueles que produzem, que pagam os impostos, os jovens não voltados para o crime, as crianças e os idosos constituem alvos fáceis à ação dos malfeitores.

Os chefes dos três níveis do Poder Executivo, quando interpelados, apressam-se em despejar vultosos números contra os seus interlocutores, como por exemplo: “estamos construindo unidades prisionais com capacidade para abrigar mais três mil presos. Além disso estamos com concurso em aberto para contratação de mais 5 mil homens e mulheres, que irão atuar, cada um na sua especialidade (juízes, delegados de polícia, policiais civis, policiais militares, agentes penitenciários etc.), para reforçar os órgãos de defesa social etc., etc.”.

Propositalmente, quase sempre omitem qual o volume financeiro necessário e qual a fonte de recursos para fazer face a tamanho inchaço do sistema.

Falam isso com a maior naturalidade e comemoram estatísticas duvidosas, que apontam para uma redução ínfima dos índices de uma criminalidade que eles mesmos permitiram crescer a níveis absurdos.

A continuar como está, em um futuro próximo, não restarão contribuintes em número suficiente para arcar com os elevadíssimos custos de manutenção dessa engrenagem inepta.

Rafael Arcângelo
Enviado por Rafael Arcângelo em 20/12/2014
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