VENENO

Paracelso elucida que a diferença entre a medicação e o veneno está tão-somente na dosagem... é uma pena que a variação entre o benéfico e o nocivo não pode ser dimensionado através de sistemas de medidas simples, mas através de um diagnóstico muito mais profundo.

O que queremos da vida ??? E o que não queremos ??? O que nos faz feliz ??? Eu faço tudo que posso ??? Eu sou aquilo que projeto ser ??? Eu tenho sonhos ??? São questionamentos existenciais que variam conforme a personalidade e identidade da pessoa, não sendo exaurientes...

Eventualmente, nossos comportamentos acabam tendo uma característica nociva, sendo que nem sempre conseguimos perceber sem o auxílio de alguém cuja perspectiva é exterior... são as pequenas doses de veneno diário que aos poucos vão nos destruindo e desestruturando relações.

A partir do instante em que o nível de toxicidade exaspera o limite do suportável, e torna-se letal, poucas coisas restam a fazer senão deixar para trás o que restou e seguir em frente... não é necessário nenhum ritual, apenas esquecer.

O que foi um remédio para mim, se tornou um veneno poderoso que quase acabou comigo... seus efeitos atingiram o meu emocional e meu físico... os elementos e componentes podiam ser o que eu precisava, mas a dosagem e falta de noção mostraram que os sintomas eram tóxicos para mim.

Eu imaginei que passaria por um longo período de abstinência, mas estava enganado: o que eu tinha era muito pouco, mas o que ofereço não é qualquer pessoa que dá... só perdi mais tempo na minha vida.

SEBASTIÃO SEIJI
Enviado por SEBASTIÃO SEIJI em 21/12/2014
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