Os medos de Ano Novo

Ainda estamos no começo de 2015 e eu tenho que admitir que não sinto que 2014 já passou, porque todas as experiências boas e ruins por que passei ainda estão muito recentes, vivas e fortes no meu consciente e no meu subconsciente. Pouco antes de celebrar o Ano Novo, eu estava tomada de medo, dizendo-me: "De nada adiantará um Ano Novo, se persistirem os velhos problemas."

Talvez haja muita gente com medo, afinal, 2014 não foi um ano particularmente bom. Enfrentamos a recessão, vimos o PT se reeleger, o Brasil perder a Copa de forma vergonhosa, o escândalo da Petrobrás e tantos outros que persistem há anos e nos perguntamos:"Como será 2015?". Perguntamo-nos, porque estamos muito calejados. Já não acreditamos cegamente nas promessas dos políticos, sabemos que o Brasil não está bem, que o mundo está passando por problemas e que passagem de ano não significa que tudo mudará como por mágica.

Mas há motivos para sermos esperançosos. Um deles é que sabemos muito mais do que antes, já não somos tão ignorantes quanto éramos e percebemos que sobrevivemos a todos os problemas que nos atormentaram em 2014. E, como ainda estamos no comecinho deste ano, podemos fazer tudo que está ao nosso alcance para que ele seja bem diferente. Se vamos realizar todos os nossos sonhos? Talvez não. Mas fazer tudo que queremos é difícil mesmo. Então, esforcemo-nos para, lá na frente, termos a certeza de que fizemos tudo que pudemos. Eu penso que, no meu caso, há razões para acreditar que 2015 não será igual a 2014. Estou com um emprego como freelancer, consegui criar o hábito de caminhar todos os dias, voltei a estudar espanhol e ainda estou escrevendo, o que é muito, muito bom mesmo. Talvez 2015 não seja o meu ano, mas não será como 2014.