EM TEMPOS DE AMORES.

EM TEMPOS DE AMORES.

Uma segunda feira enfadonha, uma cama desarrumada, no lado um porta-retratos, um copo de cerveja derramado sobre a mesa, na moldura um sorriso tão distante.

Que ressaca infernal, uma noite mal dormida, saudades desta mulher, como dói meus pensamentos, a falta do calor de seus abraços a mim se torna um tormento.

Onde estará agora causadora de minhas dores? Sua boca com quem falam? Seus lábios a quem beijam? Seus ouvidos a quem te escuta? Meus órgãos por ti clamam em amores devolutos.

Quando você chegava pela minha janela te via, em sorriso de alegria eu corria, abria a porta, logo nos fechávamos para o mundo, de verás nosso amor existia.

Agora que me resta?... Uma garrafa vazia, um copo cheirando azedo, amando sonhas, na estampa do retrato você rindo, realidades, meus fracassos, cama larga, travesseiros, fronhas.

a/h/p... 15/01/2015.

Antonio Portilho antherport
Enviado por Antonio Portilho antherport em 15/01/2015
Reeditado em 15/01/2015
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