EM TEMPOS DE AMORES.
EM TEMPOS DE AMORES.
Uma segunda feira enfadonha, uma cama desarrumada, no lado um porta-retratos, um copo de cerveja derramado sobre a mesa, na moldura um sorriso tão distante.
Que ressaca infernal, uma noite mal dormida, saudades desta mulher, como dói meus pensamentos, a falta do calor de seus abraços a mim se torna um tormento.
Onde estará agora causadora de minhas dores? Sua boca com quem falam? Seus lábios a quem beijam? Seus ouvidos a quem te escuta? Meus órgãos por ti clamam em amores devolutos.
Quando você chegava pela minha janela te via, em sorriso de alegria eu corria, abria a porta, logo nos fechávamos para o mundo, de verás nosso amor existia.
Agora que me resta?... Uma garrafa vazia, um copo cheirando azedo, amando sonhas, na estampa do retrato você rindo, realidades, meus fracassos, cama larga, travesseiros, fronhas.
a/h/p... 15/01/2015.