ÀS VEZES

Mesmo depois de tantas promessas, às vezes choro!

Quando então àquelas teimosas lagriminhas tão infantis, voltam a me banhar os sulcos da face que às vezes até eu esqueço que também ela já teve os seus dias áureos e primaveris.

Costumeiramente elas presentes nos momentos mais distintos, porém, hoje em dia algo reprimidas; visto que com o tempo, pouco tempo se tem para chorar...

Mas, quando no amparo do silêncio, onde aí se pode estacionar, retroceder ou avançar, se me extravazão e levam-me às estâncias oníricas.

De regresso, outro instante se faz presente, sobressaliente a vida, diante de mim, e, a também, inseparável rotina e meu fiel espelho, em seu papel de ouvinte!

Encarando-o, e a mim, mais uma tépida e atrevida se apresenta, instintivamente à acaricio com o dorso da mão, algo transformada, rende-se, ela, ao afago indo misturar-se ao etéreo do ambiente.

Sem dessas lagriminhas conseguir me livrar, às vezes chego a pensar que assim como não se esgota o mar, tampouco a cacimba rasa das lagriminhas de alguns seres. Se esse pensar não explica, reconforta.

Em igual constância daquelas, do rascunho mental esta breve oração, agradecendo a fidelidade do silêncio, deixada entre escritos diversos, e, com esta - Novo Acordo...

Mas, se de todo eu não conseguir a promessa cumprir, desculpa- me,

Às vezes a saudade aperta demasiado o coração e em lágrimas se transforma, borrando acordos, não obstante, dando ensejo a reconsiderações...!

Cláudia Célia Lima do Nascimento
Enviado por Cláudia Célia Lima do Nascimento em 21/01/2015
Reeditado em 22/04/2015
Código do texto: T5109100
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