Rua Sinestesia

Na Rua Sinestesia, crianças brincam ao meio dia.Crianças negras e amarelas,mães preocupadas nas janelas, chamando o filho para o almoço.

Em roda de cantiga elas voltam às antigas com os sonetos de meu tempo.Giram como relógio, mas que não passa, nem conta as horas, um relógio que para tudo e ensina o que é ser criança.

Em meio pisões de rodeio, destacam-se teus sorrisos, que são banguelos, janelados e até amarelados, porém os mais belos do mundo.

Em suas mentes de fantasia se embaralham na louca sinestesia: ouvem a alegria que brota dos olhos, tocam o cheiro puro do azul do céu e respiram todos os gostos de seus dias.

A verdade é que a Rua Sinestesia está presente em cada gesto, cada mania, dentro de todos nós.Muitas vezes é soterrada pelos entulhos do destino, mas viva, pronta para acordar.

É ali, bem nesta rua que estão as mais lindas crianças, a mais nobre esperança, implorando para aflorar, derrubar os muros do lógico e maquiar a realidade.

Quem mora lá é mais feliz, senti o sabor dos amores, o cheiro inexistente de flores e aproveita todo toque do som da vida.

G Trindade
Enviado por G Trindade em 22/01/2015
Reeditado em 25/01/2015
Código do texto: T5110004
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