ENTRE O SONHO E A REALIDADE

ENTRE O SONHO E A REALIDADE

Conheço muitas pessoas, que dizem: estou me preparando para fazer isso ou aquilo, na próxima semana, no próximo mês ou no próximo ano, como se aquele momento futuro fosse o período ideal para que suas realizações começassem a acontecer e só então, pudesse vivenciar o modelo traçado anteriormente, como reforço para continuidade e bem-estar das suas vidas.

O momento de cada um é o hoje e o agora, porque o tempo desperdiçado não volta e a vida continua seu caminho, avançando a cada segundo, ao seu ponto de estagnação ou parada final.

O que deixamos de fazer em um certo espaço, já não se realizará mais nesse determinado instante, passou... Acabou. Sorte nossa se conseguirmos lembrar esse intervalo por algum feito, do contrário, nada nos permitirá associá-lo, com um período passado, e sim como um instante desperdiçado em nossas vidas.

Enquanto estamos a pensar o futuro, o presente vai passando, e vai deixando de ser vivido. Queiramos nós ou não, o que passou, passou, não volta mais, pelo menos da forma que deveria ter ocorrido naquele espaço de tempo.

Quase sempre demoramos muito para entender que não podemos perder um segundo sequer em nossas vidas. Levamos muito tempo para sentir que o ontem já se foi e que o amanhã ainda virá, enquanto isso, o hoje, se esvai por entre os intervalos que deixamos de viver e de sentir a preciosidade que é a vida, e que esta, tem data marcada para acabar, embora, não tenhamos precisão da hora exata.

Você já parou para pensar nesta verdade? Com toda certeza não. Desperdiçamos uma boa parte do nosso tempo, planejando o amanhã, quando sequer sabemos se haverá esse amanhã, pois em um pequeno intervalo desse tempo, a nossa frágil vida poderá se esvair.

Precisamos aprender a viver o hoje, o agora, se o amanhã vier, vamos viver com a mesma intensidade, porém, não o esperemos, vamos deixar que tudo aconteça naturalmente, enquanto isso, viva intensamente o presente, dádiva divina, que desperdiçamos, quase sempre, na busca de um sonho que sequer sabemos se vai acontecer.

Viva você a vida, o hoje, o agora. O amanhã talvez se realize, e caso aconteça, estaremos eu e você de braços abertos para recebê-lo.

Rio, 01 de junho de 2007.

Feitosa dos Santos, A.