AMAR É ENCONTRAR

AMAR É ENCONTRAR

Amar é encontrar nas esquinas da vida, no processo mágico da alegria quem traz encantamento. Mesmo e ainda que não receba retorno de sentimento.

Quem encontra no desencontro da vida é antes de tudo um premiado, é o grito necessário e impositivo do coração que abre portas antes desconhecidas, o som do amor de encontrar que se expande na busca da sintonia preenchendo todos os espaços. Encontrar concretiza nascimentos da curiosidade que empolga, enriquecendo o interior, acalmando a afeição ansiosa no debate no anseio da procura. Os que se encontram querem dizer, falar, multiplicar o que vai dentro de suas almas, tudo para o definitivo abraço da igualdade dos que se encontram por serem iguais, ainda que sejam asperezas e desigualdades. Mas a magia do encontro faz da desigualdade o encontro maior, iguais em amor no encontro e desiguais em forma, hábitos e preferências.

A história do homem entendeu o amor como caminhada da realização que deixa a lembrança do afeto nunca perdido, do entendimento que justifica, da solidariedade que se doa sempre, sem subtrações ou limitações, do calor da presença quando a ausência era esperada e compreensível.

Marcante e forte como o pórtico dos deuses, lá está na procura da entrega, angustiadamente desejada, o amor, esse sentimento maior que tudo aproxima. Encontrar é amar, esperar a chegada em corpo ou espírito, nas asas oníricas ou na mesa do encontro, no banco do parque, na surpresa das ruas, no caminhar da vida.

Amar é encontrar, protagonizar e ser, esperar sem adeus a chegada amada. Tudo que envolve mesmo que se perca no tempo o encontro realizado.

Observação: Todos os comentários do texto acima irão para o nosso grande amigo e escritor Celso Panza pois que o mesmo foi copiado ipsis-verbis de uma das páginas do seu encantador livro ENSAIOS DA ALMA, recém publicado.

Ayres Koerig

Ayres Koerig
Enviado por Ayres Koerig em 15/02/2015
Reeditado em 15/02/2015
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