CAMINHOS...

Quando guria, li e não me recordo onde nem o nome do autor, que “a vida nos proporciona vários caminhos deixando em cada um deles um enigma!” Lembro-me que depois de ler, o meu maior enigma era descobrir o que seria um “enigma” rs... Com o passar do tempo fui entendendo seu significado e percebendo que, no nosso caminhar, só há enigma quando somos um para nós mesmos. Saber o que queremos da vida e o que é preciso fazer e saber lidar com as consequências, é a grande sacada.

Viver ou sobreviver? Ou seja, percorrer um caminho no qual as escolhas têm como consequências viver saboreando, ou percorrer um outro caminho, com consequências de sabor amargo agora, mas que gerarão, provavelmente, sabores muitos mais doces no futuro? Estas são indagações que nos ocorrem durante quase todo o nosso percurso, neste lindo processo que chamamos de viver.

Muitos, por alguma razão, já no começo de suas jornadas passam direto pelas interrogações, pois ao que parece, desde cedo já demostram convicção de saber, ao menos, o que não querem. Já outros, só depois de muito experienciar, é que descobre ou descobre-se.

Há também os que são movidos por uma válvula impulsionadora que os levam a um mundo de conquistas sem fim, sem saborear o passo a passo, pois a cada meta alcançada, há sempre mais uma... Um prosseguir a todo vapor, sem nem mesmo saber seu destino, apenas que é preciso seguir. Não há parada neste percurso, só uma escala vertical. É como navegar constantemente em mares revolto, onde o objetivo é alcançar o próximo farol, o qual servirá apenas de referência para o próximo e assim sucessivamente e só depois de muito remar, é que alguns descobrem que não há sossego, é quando busca-se o sentido para tanto e se pergunta “por que não estou feliz, se consegui o que tanto queria?”. Simples, porque há sempre um outro ponto acima a se chegar, a conquistar.... É a busca desenfreada do que posso ter e esquece-se do ser! E quando se percebe, a velhice já chegou... O tempo passou. E se formou uma família, se dará conta que os filhos cresceram e nada sebe sobre eles.... São estranhos. Aí percebe-se, o que se tem na vida e não quem. Como disse Shakespeare: “Você descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.”

Na verdade, não há manual de instruções nos caminhos, nem o certo ou errado. O bacana, é que não há cominho reto, sem volta, sem atalhos, sem cruzamentos. Sempre há possibilidades de mudanças, de novas escolhas, de fazer, refazer, construir, desconstruir... O importante é saber aonde se está, se queremos continuar, parar, ou mudar o rumo; estar atento ao que nos faz felizes, ao que nos deixa amargos e ter sempre em mente que altos e baixos surgirão e o tempo de duração de cada um, dependerá de nós, do modo como agimos, pensamos...

Que comecemos já, a refletir acerca de determinados comportamentos que acabam por aniquilar o ser pensante que somos e elimina-los, construindo assim, um caminhar feliz. Particularmente, acredito que a felicidade não tem endereço fixo, um destino; ela está em cada um em todo percurso, trajetória. Que aprendamos a senti-la a todo momento!

Luciana Lua
Enviado por Luciana Lua em 25/02/2015
Reeditado em 22/10/2015
Código do texto: T5150374
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