"OLHO VIVO PORQUE CAVALO NÃO DESCE ESCADA"

Terça-Feira, 10 de Março de 2015

"OLHO VIVO PORQUE CAVALO NÃO DESCE ESCADA"

Para quem costuma acompanhar (ouvir, ler e ver) as notícias que são veiculadas nos diversos meios de comunicação no Brasil, tem a dura impressão de que o inferno é aqui.

E eu, que não tenho nenhuma religião, tinha a certeza de que ele nem existia. Foi uma criação grosseira e mal intencionada de alguns.

Mas hoje, a impressão que tenho é de que o brasileiro está vivendo num verdadeiro inferno, tais são as diversas situações pelas quais ele está passando nesses últimos tempos.

O país polarizou-se politicamente. Um lado, o do governo, defende que o país encontra-se numa situação privilegiada sob todos os aspectos. Já a oposição, pinta um quadro dos mais pessimistas, com previsões de caos total daqui para a frente.

E nessa, o povo fica tal qual a história do marisco, que fica espremido entre o mar e o rochedo, sofrendo pressão de ambos os lados, sem poder fazer nada.

Aí me veio o raciocínio do seguinte: O nosso país está localizado numa região geográfica de total privilégio climático, que lhe permite ter uma existência tranquila, no que tange a certos tipos de intempéries. Aqui não existe terremoto, tufão, vulcões, geadas e que tais. Daí que o povo quase nunca teve dificuldades com isso, como os demais povos em outras regiões do planeta.

Provavelmente isso influiu no modo de ser da maioria do brasileiro. Voltou-se quase que totalmente para o gozo da vida, ao invés de concentrar-se nas dificuldades presentes e futuras que a vida se nos apresenta nesse nosso cotidiano.

O Governo veicula propagandas institucionais, pregando a necessidade do povo fazer fomento de seus salários, digamos, preparando-se para um futuro. Daqui para vinte, trinta ou quarenta anos. Onde poderá realizar certas propostas. Que pode ser a de adquirir os bens que sempre sonhou, tipo casa própria e/ou um automóvel.

Mas o brasileiro não pensa assim. Uma grande parte entra em financiamentos muito cedo, sobrecarregando suas vidas pessoais e financeiras, a ponto de muitos deles já estar na lista de inadimplência de muitos bancos ou financeiras. E isso se pode relacionar à facilidade de viver num país que não possua dificuldades climáticas nem geográficas, como acontece em muitos outros pelo mundo.

Paralelamente a isso tudo, o nosso país tem passado por certas circunstâncias, que buscam iludir ao próprio povo. E a primeira dessas ações, parte dos próprios governos (federal, estadual e municipal), que muitas das vezes veicula certas situações não tão autênticas, digamos. E assim, muita gente por aí, anda se achando mais Brastemp do que é. E isso tem refletido negativamente nas ações de muitas situações no nosso dia a dia.

A grosso modo, o brasileiro já anda se considerando um primeiro mundista. E o fato de portar um celular na cintura, o transforma quase que num ser extraordinário, fato que ele deveria atentar que não é tanto assim. O país ainda está num estágio muito atrasado, se comparado com os ditos países do primeiro mundo. A saúde, o transporte, a segurança pública, a educação e mais alguns outros serviços, estão ainda muito distantes do que se quer e espera em nosso país.

De maneiras que é bom uma refreada nesse ímpeto e na ideia equivocada que muita gente anda tendo sobre isso e mais algumas coisas. E temos que tomar muito cuidado com os políticos brasileiros. Estes perderam totalmente a noção do que é isso. Estão se locupletando de modo absurdo, às custas do sofrimento do povo, não dando nenhuma atenção a ele.

Daí que é melhor que o povo preste muita atenção às notícias que são divulgadas por aí, porque a coisa já está começando a se agravar de um modo que não deve e nem pode ser. Os aumentos nos nossos custos, também, já estão saindo do sério. E os salários, que nunca foram bons, pelo menos para a maioria do povo, a cada dia vai ficando mais achatado, dificultando a vida de muita gente, bem como aumentando o sacrifício que devem fazer para viver.

"Olho vivo, porque cavalo não desce escada"

Aloisio Rocha de Almeida
Enviado por Aloisio Rocha de Almeida em 10/03/2015
Código do texto: T5164939
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