JOSELITO E OS LÁPIS DE COR

O ovo já estava frito para ser comido com o pão feito no forno no dia anterior. O café com leite, completaria a refeição matinal que alimentaria o menino, naquela que seria a primeira manhã de aula.

O menino acorda eufórico, camisa branca com gravata borboleta azul marinho, da cor da calça. Uniformizado, pois hoje é um dia muito importante, Joselito reinicia as aulas na Escola Santa Teresinha das Rosas.

Chega à cozinha e apressado nem toma direito o café, que com tanto carinho a mãe preparou. Pega a pasta, pesada, o menino insiste em levar cinco cadernos novos, contrariando a mãe que lembra-o de que no primeiro dia de aula pouca coisa será escrito.

Joselito orgulha-se de todo o seu material, tudo tão novinho!! mas o que mais o fascina são os lápis de cor, pois esse ano a caixa veio com lápis maiores e uma dúzia deles. As cores, bem sortidas, são as mais diversas e o menino brinca com a semelhança do azul à cor do céu, do verde aos campos, mas também dos olhos de Maria Rita a menina bonita, que sentava ao se lado no ano anterior.

A magia da caixinha de lápis de cor distrai o menino, que envolvido na variedade das cores e nas mais diversas associações esquece a hora e alertado pela mãe, ganha a rua, pasta nas costas, vai correndo pintar o mundo com a sua caixinha de lápis de cor...