Daquele que abraça horizontes

Tinha me dado razão para contestar as razões e encaminhar as canções para qualquer parte de baixo do tapete da sala. Tinha me dado razões para calcular as diferenças do mundo e quem sabe conserta-las. Tinha me dado escolhas e opções diversas, mas quis o mundo que eu apenas aprendesse. Tinha o mundo me dado todos os horizontes e eu, tão desprovido de talentos insólitos, apenas abracei os horizontes, um por um.

Sou daqueles que não se cansam de descobrir caminhos e de escrever inúmeras listas, rabisca-las e tornar a enumerar cada item. Sou desses malucos conscientes, desses que amam sem precedentes e que desabam mares em marés de sentimento. Sou a realidade que procura sonhar acordado. Daqueles que torcem, sofrem e desesperam por uma pequenina chance de falar, de fazer, de aprender. Sou eu mesmo, dentro de mim mesmo.