Kory

Kory era uma mulher de estatura mediana, de cor branca, olhos grandes e amendoados, sorriso atraente e de porte elegante. Sua aparente meiguice deixava no ar um tom de fragilidade e necessidade de colo.
 

Por onde passava envolta por vestidos elegantes, chamava a atenção de todos aqueles que curtiam a sensibilidade da beleza e do bom gosto. Ela fingia não saber nada dos seus pontos atraentes, prosseguia no caminho, deixando aos ficantes, um suave perfume pelo ar.

Por tudo isso, ele embriagou-se da sua formosura, envolvendo-se mais e mais, a cada vez que ela derramava um sorriso farto e embriagador na sua direção, sempre que passava sobre a rua de convívio do Saulo.

Houve um encontro, dois e vários se sucederam ao longo de um tempo. O amor parecia haver batido fortemente e adentrado os portais da paixão entre Saulo e Kory. Ele não disfarçava o prazer da convivência e ela parecia acompanha-lo nos recônditos de um amor infindo.

O tempo, pois, passou. O convívio foi esclarecedor no tempo, as dúvidas elucidaram-se, as mascaras caíram, os amores feneceram, o casal não eram dois. O Saulo pode perceber que a beleza por si só não basta e que nunca será o bastante, para suprimir um caráter duvidoso.

Vários são os caminhos a serem trilhados e cada um que tome o seu e siga.

 
Rio, 29/03/2015
Feitosa dos santos