PADRE WERNER
 
Lembrei do padre Werner, porque queria lembrar da beleza da Páscoa.
Eu, na minha infância, tive a sorte de absorver belezas e coisas boas do catolicismo, de certo modo, da vida.
Mas os meus três filhos não tiveram a mesma sorte. E são bem desencaminhados do catolicismo.
Quando eram crianças, em idade do catequismo e mágica do Padre Werner, havia na igreja de Laranjeiras, perto do Cosme Velho, a figura linda e mágica do PE. Werner.  Ele era alto, jovem e lindo.
Quando ele aparecia no páteo grande fronteiro `a igreja, todas as crianças corriam para ele, festejando-o, cheios de alegria, encanto e confiança. Era adorado por elas, e pelos adultos também.
Eu o chamava às vezes até minha casa para benze-la. Isto me dava muita confiança para viver. E depois lhe dava uma garrafa de vinho tinto, que ele aceitava de modo simples e natural.  Era lindo e bom ele presente com a batina clássica preta, e a cara jovem e linda que lembrava  a imagem que faço de Jesus, quando jovem. E ele atendia com a maior simplicidade, mesmo muito ocupado. E conversávamos também enquanto ia benzendo os cômodos.
Ele era de muito valor na igreja, responsável, equilibrado e muito conhecimentOr. Tinha muitos encargos e responsabilidades.
Quando ele estava no auge de suas atribuições, a Igreja mandou-o para outra região e ocupação superior.
Mas nunca soubemos para onde foi.
Na verdade nos tirou aquela joia que trans formava a igreja para mais.
E foi nesta época o catecismo dos meus filhos, que perderam o contato bom com o PE Werner.  Eles não gostaram do catecismo que tiveram e ganhara dúvidas que se manifestam até hoje.
Critico esta atitude da Igreja, de mudar a função do padre para algo maior, esquecendo que está prejudicando a boa evangelização de várias gerações.
Falei tanto, mas o Padre Werner lembrou a Páscoa. E a visão de Jesus entrando em Jerusalém, montado num burrinho. Eu tinha sete anos quando soube desta entrada de Jesus na cidade e formei esta imagem linda da Sua entrada e louvado pelos cristãos, forrando o caminho cheios de júbilo para o Rei dos reis passar. Uma imagem linda que habita até hoje habita o meu imaginário.
Era hábito forrar a estrada de ramos de oliveiras, árvores seculares lá. mas aqui no Brasil passaram a ideia de ramos de palmeira e trazíamos uma folhinha benta para casa.

Aclamado pelo povo cristão, todo mundo emocionado diante Dele, reverenciando-o. Era uma imagem perfeita de Jesus glorificado ali. E eu estou no meio daquela multidão com a mesma fé e confiança Nele.