FELIZ ANIVERSÁRIO, FILHOTA!
                Oi,  filhota

                 Faz mais de um ano que nada escrevo, porém, hoje, seu aniversário, senti vontade de ter um dedinho de prosa com você.

                  As novidades são muitas e tenho certeza de que da sua morada você tudo pode ver, entristecer-se e até aplaudir.

                Filha, passei o dia todo me lembrando dos ovos de Páscoa que me pedia e das mentiras que eu pregava dizendo que não tinha dinheiro para comprá-los. Também, você sempre foi gulosa pelo chocolate, né? Queria o ovo
maior que existia, embora o guardasse na geladeira e fosse comendo aos pouquinhos durante muito tempo.

                Em 2011, eu escrevi uma poesia onde contava as nossas peripécias da Páscoa e vou repassá-la novamente, porque muita gente não deve
ter lido.

                Hoje está fazendo 18 anos que fiz aquela bandeja de quindins que você pediu como presente de aniversário, para comê-los sozinha. Eu os fiz no capricho, coloquei-os em papel celofane e usei forminhas de margarida branca. Ficou lindo, mais parecia uma flor do que um doce e você ficou toda
feliz.

                Sabe, filha, às vezes eu sinto a sua presença aqui em casa.
Seu perfume de filha exala por onde quer que eu vá e a saudade se torna mais forte.

               Três pessoas se lembraram do seu aniversário: eu, naturalmente, que a amo tanto, a Larissa, sua irmã postiça e o Ricardinho, o
seu eterno amiguinho. Ontem ele me escreveu e cheguei a chorar de emoção
quando disse  que se lembra de todos os seus aniversários e de outras coisas que juntos fizeram: os passeios com o pai dele aos sábados, os almoços, as
idas aos parques e muitas mais. Imagina o quão alegre fiquei!

               Ontem também fui a Parada de Lucas cantar parabéns para o seu tio Zezé, porque o aniversário dele foi dia 23. O bolo estava uma delícia e você não saiu do meu pensamento. Imagina aquelas camadas de doce de leite e a cobertura de glacê cheia de coco fresquinho. Estava bom  demais!

               Foi dia de churrasco lá, e à tarde caiu o maior toró. Ao me dirigir para o ponto de ônibus para voltar pra casa, levei um tombo. Também pudera, estava de salto alto e as ruas estão desniveladas. Não me machuquei porque o aguaceiro que estava no chão amenizou a queda, mas foi sombrinha para um lado, bolsa para o outro e vale- transporte mergulhando - rsrsrs. Enfim, foi até divertido! Só faltou você para ficar preocupada comigo -
rsrsrs -  e depois cair na gargalhada.

              Filhotinha, uma crônica deve ser pequena, senão ninguém lê, por isso vou parar por aqui, mas não sem antes lhe desejar FELIZ ANIVERSÁRIO!

              Beijos no seu narizinho lindo, arrebitado!

               Mamantinha 
Maria Tomasia
Enviado por Maria Tomasia em 01/04/2015
Reeditado em 01/04/2015
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