Foto: Feitosa dos Santos

Filhos do século XXI
 
Atualmente os pais têm seus filhos criando-os e educando-os conforme condições oportunizadas e/ou apropriadas. Esses crescem, aprendem – até certo ponto – Casam e batem asas - ou não, convivendo com os pais até que a morte os separem – sempre na perspectiva de que esses sigam na frente.
Não quero com isso generalizar as ações filiares, mas boa parte de jovens adultos, permanecem sob às expensas dos seus genitores.
Às expensas, quer dizer às custas sim, na maioria dos casos, com comida, dormida, roupa lavada e a grana para o cinema e a cervejinha.
É uma geração muito inteligente, mas medrosa, têm um verdadeiro pavor ao questionamento, não gosta de se aventurar e não é revolucionária, no sentido empreendedor da palavra.
Esses jovens adultos, entre outros, aprenderam o que é educação, mas não o conhecimento e aplicabilidade desta; aprenderam o que significa a cultura, mas não o conhecimento para o uso efetivo da matéria e por ai afora.
Os filhos de hoje, não valorizam o conhecimento dos pais, dos avós, dos tios e das pessoas nas quais o tempo deixou a marca do conhecimento.
Esse jovem adulto, desconhece a palavra obrigado, por favor, queira me desculpar. Para eles são palavreados retrógados, que não comungam com seus dialetos digitais, dito nova comunicação, um exagero da mídia manipuladora.
Hoje os jovens, de modo geral, quando se reúnem em qualquer lugar, não é para curtir uma boa conversa entre amigos. Formam uma rodinha e ficam de cabeças baixas focando nos celulares tabletes ou mesmo laptops.
Quando um ri todos os outros riem, mesmo sem saber de que e o porquê de estarem rindo.
Assusta-me tal comportamento. São poucos os jovens que buscam o conhecimento e a aplicabilidade do mesmo. São poucos os que buscam conhecer a cultura, a política, a economia, o desenvolvimento social e a preservação ambiental do meio em que vivemos.
O consumismo e o imediatismo deixam nódoas no comportamento e inverte a oportunidade de promover maior integração social e agregação de toda essa massa humana.
Percebe-se que os valores de agregação da raça, estão sendo extirpados dias após dias. Hábitos depreciativos são inseridos na vida deles, sem que pais e filhos percebam o mal causado no agora e para o futuro de um povo e seu habitat.
Fico, pois, a imaginar e a me interrogar: qual o futuro da nossa terra, da humanidade e de um país chamado Brasil, consequentemente um povo dito brasileiro?  
 
Rio, 30/04/2015
Feitosa dos Santos