O CÉU DO NOSSO AMOR

O CÉU DO NOSSO AMOR

Hoje ví Júpiter,

Que, embora sendo planeta,

Era a estrela mais brilhante do céu,

Nesta noite calma de outono.

Imediatamente,

Lembrei-me dela

E das vezes em que a pegava pela mão

Para ver o céu,

Especialmente a lua,

Que, hoje, não apareceu

Para dar lugar ao belo planeta resplandecente

Que, nesta época do ano,

Lá pelas dez da noite,

Surge brilhante no céu,

Encantando, no lugar da lua,

Os corações enamorados...

Mostrei Júpiter para alguns alunos

Que, curiosos,

Também olharam o céu

E o admiraram...

A alegria daqueles jovens

Ajudou a abrandar toda a minha tristeza

De não tê-la mais comigo

E não mais poder pegar na sua mão

Para vermos o céu...

Doravante,

Preciso aprender, melancólico,

A ver os astros sozinho,

Nas lindas noites enluaradas

Ou iluminadas por Júpiter,

Como o céu de hoje.

Preciso, desesperadamente,

Aprender a viver sozinho

E a sobreviver

Sem o meu Amor...

O céu e as estrelas,

Em cada noite de luar,

Irão permanecer comigo;

Mas nada significarão para mim,

Sem o meu Amor que se foi...

Creio que só encontrarei a Paz,

Quando duas estrelas novas

Aparecerem, muito próximas, no céu:

Eu e meu Amor,

Após a minha ida,

Quando nos encontrarmos

Outra vez...

Então novamente estaremos,

De mãos dadas,

No céu do nosso Amor...

Restaurante do Auto Posto Iacri, SP,

Em 11/06/2007.

Eleomar Ziglia LopesMachado
Enviado por Eleomar Ziglia LopesMachado em 12/06/2007
Código do texto: T523268