CONFISSÕES DE UMA JOVEM MÃE APAIXONADA

Duda...é assim que chamam o mais lindo anjinho que conheci nos últimos tempos! Neta de queridos e velhos amigos, filha da Lya, que vim a conhecer por força desta era de alta tecnologia, que vivemos agora.

Como se fora também minha neta, eu a curto diariamente, pelos posts de sua mãe, no facebook. Sua alegria contagiante, seus afagos na vovó Maria Lúcia e na bisa Ercy, seu carinho e tolerância com o feio e chato avô Gordo, tudo isso eu curto e compartilho, na distância, mas na proximidade de nossos corações. Tão envolvido estou, que outro dia ousei alertar sua mãe sobre o perigo que representava uma tesoura pontiaguda voltada para sua face, durante o corte de sua franjinha!!

Hoje, a mãe zelosa, dedicada e super-apaixonada pela sua cria, postou uma longa crônica, em seu mural. Confesso que tenho preguiça mental para ler textos longos, porém, submeti-me a esse, ao perceber a exuberante felicidade que inunda a alma dessa criatura!

Honrado com sua permissão, reproduzo aqui no Recanto, o magnífico texto da mãe de primeira viagem, Lya Mazieiro.

Ei-lo

-".... Quando eu estava grávida, todo mundo me "avisava" sobre o que estava por vir. Eu andava por esses 10 meses (vamos ser sinceras, a gravidez é de 10, e não nove meses) pensando que eu deveria estar aterrorizada... Mas sinceramente eu nao estava... eu amava minha barriga e o milagre acontecendo dentro de mim.

As advertências vinham de todos os lados - na fila do caixa, na rua, de amigas e parentes...

Avisos e mais avisos em todos os lugares acerca do que estava por vir - desde a dor entorpecente e excruciante do parto até eu me tornar só uma sombra do que eu era antes de ter a minha filha.

A julgar pelas opiniões ao meu redor, minhas alegrias aparentemente mesquinhas estariam terminando muito em breve!

E o meu conselho favorito, "Durma agora, enquanto você ainda pode!" (E seus similares: "Aproveite a tranquilidade agora", "Faça as unhas -. em breve você não vai ter tempo para isso" e o bom e velho "você não vai mais ter tempo para tomar banho"). Todos estes avisos assustadores me fizeram sentir como se o fim do mundo estivesse chegando, mas, eles se esqueceram de me avisar sobre o que realmente me aguardava.

Eles deviam ter me advertido que depois do tão doloroso parto, que quando eu visse seu rostinho pela primeira vez eu teria que enfrentar o meu coração querendo explodir no meu peito e se quebrar no chão. Eles deviam ter me advertido sobre esse choro de felicidade que você não pode controlar quando se torna mãe e pode contemplar essa coisinha linda em seus braços.

Eles deviam ter me avisado que eu continuaria indo ao salão toda semana, e que minha cabeleireira e minha manicure seriam completamente apaixonadas pela Duda. E que o meu coração, como lava derretida, iria escorrer para fora do meu peito e derramar pelo chão novamente.

Deviam ter me dito que meus banhos de 40 minutos continuariam intactos, com a diferença que eles agora tem a Duda, brincando com seus patinhos e rindo de gargalhar tentando sentar no meu colo e escorregando pq estamos molhadas...

Meu sono? Minha bebê dorme das 22 às 10... mamando 00:30, dormindo, quando eu vou dormir e as 7 qdo eu acordo... noites de sono perdidas? Quem?

Eles deviam ter me advertido que o peso com o qual eu me tornaria obcecada era com o dela, e seria em nome apenas de sua saúde. Que o meu corpo se encaixaria em meu jeans de volta em um mês e meio, mas que eu me sentiria muito mais confortável em leggings sem me preocupar com calças da moda. E ela estaria sempre na moda e eu me realizaria com isso!

Eles deviam ter me advertido que, apesar do cansaço, acordar para cuidar com carinho das necessidades da minha bebê seria a coisa mais gratificante que eu já fiz. Que, quando fôssemos apenas nós duas acordadas às 4 da manhã eu iria valorizar a tranquilidade mais suave do mundo, um gato aos meus pés e um bebê no meu colo, e chorar porque estes dias são fugazes.

Eles deviam ter me advertido que assisti-la crescer para além de suas roupas de recém-nascida iria partir meu coração. Que alguns dias eu apenas iria olhá-la por horas e não me preocupar com os prazos que estava perdendo. Que seus chorinhos e gritos não me chateariam, mas me fariam agir e que quando eu a acalmasse eu me sentiria como uma estrela do rock.

Mas que a minha maior preocupação sobre sono seria de que toda vez que ela dormia no meu peito eu me perguntaria se seria a última vez. E que saborear seu tempo de recém-nascida se tornaria o melhor emprego de tempo integral que eu já tive.

Eles deviam ter me advertido de que se tornar uma mãe absolutamente muda tudo, mas que eu nunca iria querer voltar e visitar a "velha" eu, nem mesmo por um segundo.

Eles deviam ter me advertido que minha vida estava próxima de tornar-se tão rica, bela e gratificante, que eu olho para trás, como era antes e penso: "Pobre de mim. Ela não fazia parte da minha vida ainda."

E que as vezes eu iria querer sair... sem ela... poucas, mas algumas vezes... e pra isso eu contaria com a minha mãe... que sentiu tudo isso por mim... Eu iria querer ver minhas amigas... e que quando isso acontecesse, como hj, eu deixaria todas minhas amigas conversando pra escrever isso... pq meu peito está explodindo de saudade dela e de vontade de ir embora... sentir aquele cheiro que só ela tem...

Soriévilo, 14 de maio de 2015

SORIÉVILO e Lya Mazieiro
Enviado por SORIÉVILO em 14/05/2015
Reeditado em 14/05/2015
Código do texto: T5242177
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