...A minha prece, tem pressa!

Na semana em que os gritos de guerra são apelos de paz, a minha paz interior está em guerra com meu dia a dia. Dias estes que vem sendo carregados com mais melancolia do que eu gostaria de ver até na minha poesia. Por sorte, sou dessas que tentam arrancar um tantinho de beleza em tudo que há. E cá estou, palavrando. Afinal, é desse jeitinho silencioso que muita gente grita: Terapia para o caos interior - nada de sangrar teus braços, isso vai contra as regras de astúcias da vida. Sangre as moléculas de papel. Mas desconsiderando o fato de que ando me importando demais com problemas que nem são meus, eu garanto que tenho abraçado o mundo e as boas causas com todo amor que posso. Em dias cínicos, a ternura é um ato radical. E, ainda que os braços e o efeito sejam pequenos para ou outros, eu penso que sem isso eu mesma estaria desistindo sem precisar da (des)ajuda de ninguém. Por esse motivo já vale à pena qualquer esforço mínimo. E é dessa forma que mesmo sem ânimo, vou vendo o que tem de bonito nas coisas que eu nem sabia que tinha. E que seja assim sempre. Estamos constantemente precisando de venenos como este para seguir as astúcias da vida, sem sangrar.

*Textos de Quinta - Para fugir da responsabilidade.

Um a cada quinta. Não é promessa, é desejo =)

Marília de Dirceu
Enviado por Marília de Dirceu em 21/05/2015
Reeditado em 21/05/2015
Código do texto: T5250102
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