O dedo sujo do reacionário

O dedo sujo do reacionário

Diante de discursos reacionários disfarçados de reflexões, vocifero! Brado feito as Bárbaras; choro feito Madalenas arrependidas pela palavra mal proferida do néscio "politiqueiro". Terrível ouvir o centro vociferando o ódio e a tentativa de girar a roda da história para trás. A falta de intelecto dessa classe emergente (paroxista), que lê almanaque e discute blá blá blá com teóricos de cozinha, enoja-me!

Todos com o dedo em riste, retirados do próprio "sublatório" e limpo com as benesses obscuras da servidão moderna e com o desejo de colocar óleo na engrenagem do sistema. Corruptos na palavra e nos argumentos, descrevem com o vernáculo mais pobre da língua, aliás, será que esses indivíduos entendem o que é língua? Certamente, que não! São filhos do retrocesso e buscam as fronteiras em um mundo que se tornou líquido. Apedeutas de plantão, conhecedores profundos do mecanismo político do país, filhos do centro e do fixo, abram livros e compreendam que na margem há mais informação que no emaranhado de palavras organizadas.

É preciso ter sempre um Damiens nessa sociedade bárbara e prenhe de moral. Lembro-me de Garcia Marques e sua Crônica de uma morte anunciada e toda a podridão dos paladinos dos bons costumes. Matar e matar, é a questão!

O papo de cozinha é pândego! Aparecem vários néscios com conceitos fabricados em leituras de gibi e que se julgam Derridás e Foucaults do momento. Leitores incompetentes e superficiais que tentam ludibriar com o discurso do medo, contudo, eu, perdido nas estantes teóricas e em olhares de vieses, que vivo no fundo do fundo do fundo das palavras profundas, eu brado: "Sou prova viva que sei olhar o abismo e fitar o monstro sem me tornar um deles, todavia, uso óculos escuros para não ser ofuscado pela cegueira da razão".

Aos Reaças, Asta la vista, Baby!

Ah, para que vou me angustiar, pois sei muito bem como foi a invenção de um país denominado Brasil e a sua tentativa de identidade. Eu, esse paraliterário, marginal e vagabundo, olho sem ler o verbo tentando ser ação na palavra mal escrita e copiada pelo animal denominado pseudo e lida pelo idiota (sentido etimológico da palavra) "reflexivo". Risos e mais risos...RSRSRSRSRSRSRSRSRS... Risos de Álex - Laranja mecânica.

- Faz isso não, irmãozinho.

Mário Paternostro