Vida encarcerada

Hoje vivemos em uma sociedade a qual muitos de nós não a pertencemos. Por quê?

Somos um povo livre? De certa forma. Os mais otimistas dirão que sim. Mas a verdade é que somos encarcerados dentro de nossas próprias casas, dentro daquilo que chamamos de lar. E o pior: somos prisioneiros da nossa própria mente. Quantos de nós não vive com medo de ter sua casa assaltada, invadida? Não saímos de dentro dela por causa da violência das ruas e quando saímos queremos logo voltar achando que vamos estar seguros nela. Você tem medo de parar no semáforo, principalmente depois de meia noite. Você teme sair do banco, mesmo que não tenha retirado nenhum dinheiro. Já estamos tão saturados da covardia, da maldade sem precedentes que imaginamos coisas ruins acontecer, ainda que não corramos perigo.

Contudo, chegamos à triste conclusão que viramos reféns do medo, das ansiedades, das preocupações etc. Reféns de uma mente confusa e perturbada. Aí, meu amigo muitos de nós enche a cara em remédios, para ansiedade, para nervos, para depressão, para síndrome do pânico...

Pensamos o que não queremos pensar. Somos invadidos por um turbilhão de inquietantes pensamentos que nos aprisionam, nos controlam e nos encerram dentro das fobias.

Onde então estaremos livres se nem em nossos mais recônditos pensamentos encontramos a paz?