COISA DE QUEM NÃO TEM O QUE FAZER

Sparkline 25472

Sábado, 27 de Junho de 2015.

Hoje, Sábado, logo cedo fui para o Centro da Cidade.

Segui de carro até lá perto, deixando o carro num estacionamento próximo ao prédio do "Balança Mas Não Cai", onde é fácil de se achar uma vaga, o que não acontece lá no "centrão".

Essa gente nova não sabe que aquele prédio se chama daquela forma. E ele, há coisa de 30 anos ou mais, foi muito famoso e chegou a ser nome de um programa radiofônico muito famoso e que fez muito sucesso naquele passado, mas até os anos 70's e 80's.

E como já era esperado, deparei-me com a quebradeira asfáltica em que se encontra aquela região. São as obras do tal de Veículo Leve Sobre Trilho, (VLT). Invenção desse prefeito que está aí. Parece que não tinha algo melhor para fazer e escolheu isso. Existem outras necessidades imperiosas na cidade para ele mexer.

Havia a entrega de prospecto dando conta da nova mudança no trânsito para os motoristas e transeuntes. E o trajeto chamou-me à atenção. Porque irá atingir à Gare de D.Pedro II, a Central do Brasil, que é o terminal ferroviário que atende a Zona Norte, parte da Zona Oeste e parte da Baixada Fluminense.

Eu duvido muito e aposto minhas fichas de que essa modalidade de transporte resolverá a situação no Centro da Cidade. E com a derrubada do Elevado da Perimetral, o caos se instalou naquela região, a ponto de ficar definido o seguinte: nunca mais o Centro da Cidade e sua periferia terão normalização no tráfego de veículos. Os engarrafamentos serão crônicos e constantes.

É de espantar que a população do Rio de Janeiro e daquela região afetada, mantenham-se tão indiferentes com tantas lambanças no trânsito da cidade. É muito sofrimento nesses deslocamentos, bem como gastos excessivos com desgastes físicos, mentais, financeiros e automotivos. E se alguém conseguisse mensurar esse custo, ficaria estarrecido com os valores apurados aí.

O benefício nesse caso será só para uns poucos. Os que tiverem propriedades na região do porto. Principalmente naquelas torres espelhadas que estão sendo construídas ali. Mais ninguém. Daí que proporcionalmente o gasto nessas obras determinarão um desequilíbrio muito forte e grande entre o tal de custo e benefício da população.

Um outro aspecto a ser atentado aí é a maquiagem perpetrada naqueles locais. Construir-se-á passarelas para poucos desfilarem. Das proximidades da Rodoviária até à Praça Mauá. E estendendo-se até o Aeroporto Santos Dumont. Mas o restante daquelas paragens, sofrerá com o espremido das ruas que ficarão na paralela do tal de VLT. É só esperar para ver. Porque o exemplo disso se pode ver muito bem nas paralelas das vias do BRT na região da Leopoldina, Madureira e Jacarepaguá.

E um outro tremendo caos será promovido pela restrição da passagem de veículos pela Avenida Rio Branco, deslocando o fluxo para vias sem a menor condição de absorver tantos veículos. E isso se observa nos grandes engarrafamentos que se formam lá, atualmente.

Mas depois disso tudo, chega-se à seguinte conclusão: a sabedoria popular é soberana quando diz que "cada povo tem os políticos que merece". E, por desdobramentos, percebe-se que a população carioca precisa e merece tudo de ruim que está aí à sua disposição. Uma cidade cheia de problemas insolúveis. E a segurança pública, que é coisa do Estado, está num ponto que ninguém mais aguenta. Somando-se às deficiências na Educação, Saúde e Transporte.

E dizem que a Cidade do Rio de Janeiro é a "Cidade Maravilhosa". Mas só de cima e/ou de longe, frise-se.

*Em tempo: É necessário ressaltar o seguinte: Se a intenção da Prefeitura é a de abolir o acesso de veículos ao Centro da Cidade, ela conseguirá seu intento, sim. Mas é bom alertar aos negociantes, comerciantes e demais locatários daquela área, para o baque que terão em suas atividades profissionais. Principalmente no comércio. Depois, que cobrem única e exclusivamente do Prefeito e não da Prefeitura.

Aloisio Rocha de Almeida
Enviado por Aloisio Rocha de Almeida em 27/06/2015
Reeditado em 30/06/2015
Código do texto: T5291859
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