A VERDADE

Onde está a verdade? Na gazela inocente que foge ou no Leão que a persegue para saciar a sua fome. Talvez devamos aceitar que tudo é verdade para não vivermos a paranóia da mentira. A condução da orientação educacional nos leva ao conceito da distinção entre o que está certo e o que está errado. E Aí! A bola enrola no meio do campo. Se olharmos pela visão da Gazela, o Leão estará cometendo um assassinato. Se olharmos pela visão do Leão, seremos elevados a concluir que é uma corrida atrás do “Pão de cada dia” para saciar a fome e manter a estrutura mais forte. Afinal, num habitat comum, cada verdade tem sua natureza. O certo e o errado impregnam-se de individualismo. E novamente perguntamos onde está a verdade?

O mundo contemporâneo está vivendo meio assim. Em hora de vislumbrar o campo, sentir a brisa e o romantismo das flores, todos vivem como uma Gazela a saltitar por entre os arbustos mais floridos. Integram-se à paisagem num convívio feliz e harmonioso. Entretanto, na hora de saciar sua fome, olham só seus interesses e devoram o semelhante mais próximo que der a menor bobeira.

O homem (no sentido homem mulher para ninguém se ressentir) astuto como sempre, em seu discurso, não sei de defesa ou de acusação, pede um momento ao impasse e diz que - há verdades absolutas e verdades relativas. Oferece abrigo ao depende do caso. E o nó que parecia está folgado, no campo dos relacionamentos, aperta-se ainda mais. Porque o certo é o certo e o errado é o errado e não pode haver relatividade. Havendo o radicalismo das posturas para que o certo seja o certo e o errado seja o errado.

Nesse ponto, os homens “estão sempre tropeçando em nada e caindo por cima de coisa nenhuma”. Enquanto que, a verdade a pura verdade, sem absolutismo nem relativismo, estará sempre e constantemente guardada dentro de cada um e de todos nós.

Verdades chinesas, brasileiras, e muitas vezes verdades afegãs, iraquianas, coreanas e não só mas também verdades norte-americanas.

Manuel Oliveira