JE SUIS MAJU

Há aqueles que afirmam em alto e bom que inexiste racismo no Brasil. Na minha opinião, de duas, uma: ou não moram no nosso patropi ou são cínicos demais. Vou fazer uma concessão: concordo que há os idiotas ao cubo, os cegos ao que ocorre ao seu redor.

Vejam bem, esse ataque, via redes, à moça do tempo da Globo, Maju (escrevi uma crônica sobre ela), não foi dirigida apenas à pessoa física dela, mas a todos sos negros que ascendem na nossa sociedade. Os filhinhos do papai, oriundos das famílias ricas e da classe média alta, uma parte da classe média baixa (são os capachos) não se conformam com a vitória dos negros talentosos. Ver uma moça negra, bonita, inteligente, carismática e simpaticíssima encantando o país, é demais para eles, os coxinhas entram em êta, e aí apelam para a calúnia, pichação, crime pelas redes. É a técnica fascista.

Acho que até Eremildo, o idiota, sabe que essa onda é coisa dos black blocs chiquês, esses moleques fascistas. Se a PF rastrear as mensagens vai chegar a essa conclusão. Foram os coxinhas.

Muitos deles são os manifestantes de sempre, aqueles que pedem a volta da ditadura militar, os que anão se conformam com a retirada de milhões de irmãos nossos da miséria absoluta. Eles têm um medo crônci que os mais pobres ascendam e tomem o lugar deles nos cargos e nas posições de destaque. Detalhe: não viou nas manifestações nenhum negro. Os negros não pintaram no pedaço.

Felizmente a maioria do povo, principalmente o povão, não concorda com a molecagem fascista. Acho que do Oiapoque ao Chuí, se soubessem francês, diriam em unísssono: Je suis Maju!. Mas com certeza dirão, os mais pobres: "Nóis sumos Maju!", o que dpa no mesmo. Viva Maju. Viva os negros. Xô, coxinhas fascistas.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 04/07/2015
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