ELOGIO

Evaldo da Veiga


Elogio é uma delícia, tendo o pressuposto essencial
da sinceridade.

Não é exagero dizer que o elogio
é um alimento com alto teor de eficácia emocional.
Mas, ressoando, tem que ser sincero: do contrário até
agride, se torna coisas ditas para engambelar, adoçar
o que poderia estar doce, levando ao estrago do paladar.

O que tenho percebido ao longo da vida, na maioria das vezes,
na televisão, na mídia em geral, é o elogio gritante, interesseiro,
promocional, que grita e agride, de fome e atenção, pobre elogio...

Mas, o que percebo também, é que o elogio vai sempre pra fora,
pra alguém nem um tanto dentro da relação.

O bom mesmo é elogiar, com o valor da verdadeira atenção,
os filhos, os amigos, os parceiros e a namorada...

Dizem que mulher adora elogio e, no geral, até que sim.
Mas a mulher namorada, aquela que gosta do seu homem,
hummm... como adora.

Um bom elogio, em forma eloqüente de prestigiar a mulher namorada, em público, é um olhar carinhoso, um leve toque nas mãos, beijo suave nos cabelos, isso elas amam, e como amam,
se sente a dona do homem amado sem nada da pretensão de posse.

Nada de exagero, beijo na boca prolongado,
atos “Holywoodianos” de aparecer, é grotesco, apaga o carinho...

E por fim, a mulher namorada do que gosta mesmo,
é dar “umazinha” bem maneira, no bem privado ambiente,
e no palco da vida, verdadeira atenção,
e doces afagos do seu namorado.


N - Imgem, Tela do TINTORETTO


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