Psico_caminhada

Com a mente povoada por argumentos _ alguns racionais, outros ilusórios _ prossegui em minha caminhada; um árduo labor pela bagagem extra. O sol ardendo na pele, o suor salgando os lábios

e os olhos, e até a areia que o vento fustigava, açoitando minha

face desprotegida.

Novas feridas expostas na carne, juntar-se-ão aquelas não cicatrizadas que ainda maculam minha alma.

Caminhar era preciso.

O objetivo era não perder o foco e mantendo-se o estimulo,

no exercício da razão; até mesmo a dor é suportável!

Atiraram-me pedras, cuspiram-me na face, meus gestos de carinho

foram abominados e quando em profunda dor, procurei abrigo,

fui rechaçado e condenado por um crime não cometido... Continuo

minha caminhada, sobre as pedras e a saliva de meus algozes.

Minha semente outrora plantada, hoje caminha ao meu lado;

esbanjando inteligência e alegria... Nem tudo é sombrio; tenho fé,

paciência e a luz brilhante de um lindo sorriso.

Caminhando me liberto, os argumentos se dissipam e concluo minha jornada... Caminhar é preciso!

Sandro Colibri
Enviado por Sandro Colibri em 18/06/2007
Reeditado em 26/04/2010
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