A defesa do primeiro irmão negro no Brasil

Quando entrei no quintal do mundo me encontrei com o poeta Ferreira Goulart, que se dirigia ao encontro do antivírus, o fenômeno da advocacia, o astro das leis, o divisor de águas Joaquim Nabuco para lavar o seu poema sujo.

Ele me adiantou: você escreveu o poema certo, mas deve estar no lugar certo, ao lado das pessoas certas com grande nível de interpretação, do contrário eu poderia ter escrito o poema limpo. Mesmo assim nunca alcançaria a Academia de Letras.

Naquela época eu defendia os seres humanos vulneráveis, já o mestre Joaquim Nabuco defendia os lamentos dos seres humanos vivos, os clamores das multidões. Naquela época recém-formado e no glamour das elites ele abraça uma causa nobre, ele assume a defesa do escravo Tomás, contrariando toda uma burguesia. Bateu de frente com a elite de uma época, decola numa carreira relâmpago e brilhante e se transforma no homem do antes e do depois.

O poeta Ferreira Goulart salienta que precisamos hoje de homens com atitudes e poetas que voltem a procurar pela “Barbara bela do norte” estrela que meu destino sabe guiar, pois agora podemos voltar para os poemas limpos com corações valentes.

Quando estou num beco sem saída a caneta me dá proteção e em Brasília ela me dá o chão.