Entender os Fatos ...e Cobrar

Entender os fatos e... Cobrar

Arnaldo Jabor foi conciso e meticuloso nas verdades que disse em sua crônica censurada. Um alerta de conscientização e de estupefação frente à realidade a que temos presenciado, na sociedade( nossa) que se deteriora aos poucos num amplo apodrecimento insano que nos ameaça. Jornalista capaz, Jabor sempre soube defender nossas causas políticas e sociais com determinação e sensatez. Comenta a situação que temos vivido mostrando a inércia e a desestruturação por que o país tem passado sem meios, decisões justas e concretas que possam nos tirar de tamanha crise. E afirma: “O que foi que nos aconteceu? Estamos diante de acontecimentos inexplicáveis, ou melhor, explicáveis até demais” . Fala das barbaridades políticas e sociais e do ponto a que chegamos em matéria de corrupção, verdadeiras imoralidades praticadas por quem deveria impor a moralidade, o respeito e a honestidade entre nós. Sabemos, como ele diz, que parte dos culpados estão fichados, processados, condenados e nada está sendo feito. “Nunca a verdade foi tão límpida à nossa frente e, no entanto, tão inútil, impotente e desfigurada!” Situação inédita, afirma ele, em nossa história brasileira.

Delitos vergonhosamente explícitos e a verdade sempre disfarçada, alterada por conta das mentiras que compulsivamente seguram as ações, o andamento da justiça, os processos de punição necessários e solicitados. Evitam, manipulam, desfazem providências iludindo o povo cansado e desestruturado para uma maior reação. Somos e, ou melhor, estamos há muito sendo um povo enganado, escamoteado por negações saturadas de , impropriedades e impunidades que chegam às raias do absurdo.

Afirma que um ”neocinismo” está desmoralizando o raciocínio do nosso povo. Vivemos todas as crises. Terrível dizer que a avacalhação avança destruindo nossos ideais mais nobres, destroçando leis e o sentido da honradez. Inacreditável! Inaceitável, digo eu, a realidade cruel da violência desenfreada, a banalidade de crimes hediondos que rondam casas, ruas, escolas, estradas, campo e cidade, os mais improváveis cantos e rincões. O povo está com medo da própria sombra e não sabemos como fazer e o que será feito.

Entretanto, o que vemos é a negação do óbvio, vivendo a sensação de que as ideias não correspondem aos fatos, comenta Jabor em suas ricas e poderosas ponderações. Os fatos agora não são nada. A verdade na cara não se impõe. Crimes são entocados, empacotados e aos poucos prescrevem. Todas as verdades continuamente são expostas e muito claras. “Tão cristalinas como sol a pino.” Se não conseguirmos vencer as indecentes e perversas manipulações rolaremos mais, cada vez mais ladeira abaixo nesse clima insólito de abusos e negações. Ladeira do ”Populismo” pretensioso e pedante; do “Simplismo” ignaro e falsamente inoperante.

Evane
Enviado por Evane em 31/07/2015
Reeditado em 31/07/2015
Código do texto: T5330414
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.