MODERNIDADE OU INVERSÃO DE VALORES?

Todo dia ao acordar, vejo os jornais matinais e sempre me espanto. Será que não sou moderna ou estão invertendo os valores?

Pois bem, hoje vi um deputado federal dizendo mais ou menos que: “era contra a lei de redução da menoridade penal nos moldes em que foi aprovada pela Câmara dos Deputados, pois o menor após ser condenado por crime HEDIONDO, e cumprir parte da pena – até alcançar a maioridade, em estabelecimento próprio para menores, será enviado ao presídio comum”, o que ele chamou de “PÓS-GRADUAÇÃO DO CRIME”.

Esse tipo de nomenclatura para as prisões brasileiras – universidade do crime, já é conhecida, o que eu não sabia até hoje, é que agora virou pós-graduação.

O mestrado será onde? Na Pampulha?

Aí, essa cabeça louca se lembra que os presídios têm como primeira função a ressocialização do cidadão que por um acaso da vida triste, pobre, etc., resolveu sair por ai e praticar um crimezinho hediondo, tipo um estupro, ou latrocínio (roubo seguido de morte).

Mas podemos ficar tranquilos, afinal, este cidadão deverá ser condenado, preso e RESSOCIALIZADO.

Mas este coitadinho sabe que será solto da seguinte forma: cumprindo 1/6 da pena se condenado primário ou reincidente em caso de crimes comuns praticados a qualquer tempo ou em caso de crimes hediondos ou equiparados praticados antes de 29/03/2007 (Lei 11.464/07); ou 2/5 – condenado primário por crime hediondo ou equiparado praticado a partir de 29/03/2007; ou PASMEM 3/5 – condenado reincidente por crime hediondo ou equiparado praticado a partir de 29/03/2007.

De forma alguma o bandido fica PRESO toda a pena, e mesmo que seja condenado a 1000 anos, será solto em 30, que é o máximo permitido no Brasil para alguém ficar encarcerado.

Vamos fazer uma continha: o “de menor” estuprou uma criança de 7 anos, foi preso com 16 anos e condenado a pena de 1000 anos, sociedade pula de alegria, o carinha vai preso e CUMPRE a pena, mas vai sair de lá com 46 anos, e adivinha, pega outra menininha de 7 anos...

Só pra pensar.

Outra notícia que todo dia me assombra é a da DESCRIMINALIZAÇÃO DA POSSE DE DROGAS PARA USO PESSOAL.

Então ficamos assim, as drogas eram ilegais, incluindo ai maconha, cocaína, crack, lsd, “rape drugs” (drogas de estupro), entre outras.

Os traficantes acompanham este julgamento em expectativa de festa, pois os menores usados para a distribuição das drogas não serão mais presos, ou seja o negócio vai prosperar que é uma beleza.

Os defensores do uso de um cigarro de maconha não entendem que ao liberar o uso e o porte de pequena quantidade de drogas também estão liberando a venda em pequenas quantidades – geralmente feitas por menores.

Daqui a pouco vão ter menores aprendizes, só que aprendizes vendedores de drogas.

Mas serão sempre coitadinhos que não tinham outra opção.

Ele não ganhou cesta básica, não ganhou casa, não ganhou cartão de crédito, não ganhou escola, não ganhou terra, enfim, teve que trabalhar e aí não teve trabalho “formal”, mas nem poderia, é menor de idade, então na “informalidade” teve que vender drogas, coitado.

Chegamos ao ponto onde o Estado prefere ter 30 ministérios, sei lá quantos cargos “de confiança”, prefere deixar bandidos soltos por não ter onde colocar, prefere dizer que lugar de menor é na escola, mas não temos escolas, prefere continuar defendendo o indefensável enquanto saúda a mandioca.

Os menores e os portadores e usuários de drogas poderão continuar tendo o direito de ir e vir, e nós, simples pagantes de impostos, presos em casas cada vez mais protegidas, em carros blindados, sem qualquer tipo de amparo constitucional.

Vamos seguindo fazendo manifestações aos domingos, afinal todos nós trabalhamos, enquanto a turma do governo pode fazer na quinta, afinal...

Temos que pagar a conta de energia com “bandeira” vermelha, pois POR DECRETO o governo nos deu – antes das eleições – um desconto que agora está cobrando.

Nem São Pedro quer saber do Brasil, falta água quase que no país inteiro, e quando vêm, enchentes!

A corda apertando, o dinheiro acabando, alguns gritando, eu afônica!

Cinthya Fraga
Enviado por Cinthya Fraga em 20/08/2015
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