A MULHER QUE MIJAVA GASOLINA

Uma era considerada uma santa. Todo mundo viajava até a cidadezinha onde ela morava só para vê-la chorar diamantes. Eram uns cristais que as lágrimas dela se convertiam quando ela chorava por motivos santos.

A outra era mais discreta: botava minúsculas esmeraldas pelas narinas. Assim todos que ela atendia em sua casa podiam adquirir matéria prima mais barato para as bijuterias que comercializavam.

E por fim, a Creuza. A Creuza tava no mercado de riquezas minerais expelidas por métodos milagrosos por causa da gasolina que ela urinava quando se enchia de um líquido simples, bem barato, aliás: de graça, pois ela tinha um rico riacho dentro de sua propriedade, chamado água. Ela parecia uma bomba da Texaco. O gasoduto dela era uma mangueira que ia do riacho até o filtro que em vez da cozinha funcionava no banheiro. Era para preservar a moral da donzela, que não podia ser vista fazendo xixi. Perderia o ar de gente iluminada por Deus e que realizava milagres.

Aconteceu que Creuza tava tirando toda a especialidade das outras devido ao seu mais importante artigo nos dias de hoje. Quem não precisa mais de gasolina do que de diamantes nos dias de hoje, fala a verdade? As outras, então, se rebelaram. É o que você vai ver na conclusão desta crônica em http://aavitorautor.com.br .

Grande abraço!