QUANDO SETEMBRO VIER

O filme é ótimo, estrelado por Gina Lollobrigida e Rock Hudson, mas quem rouba a cena é o gerente do "hotel", não me lembro do nome do ator. E a música do filme é arretada. Uma comédia nos trinques.

Mas o setembro que vou focar é o da famosa "Semana da Pátria", quando se comemora a nossa "Independência". Nada não, mas dizem que a história verdadeira do Grito do Ipiranga não tem nada a ver com aquele quadro famoso de Pedro Américo, com o imperador garbosa montado num cavalo alazão e de espada na mão dando o famoso grito, "Independência ou Morte!". Na verdade, segundo alguns historiadores, Dom Pedro proclamou a "independência" defecando. Sim, para ser mais claro: cagando. Ele tinha comido umas iguarias "carregadas" na casa da Marquesa de Santos e aí teve uma caganeira, e estava acocorado no mato se aliviando, ou melhor, se cagando, quando chegaram os "correios" com as mas notícias sobre medidas punitivas da corte portuguesa, o tal chalaça ou outro capacho leu os textos e ele com muita dor de barriga e naquela base, puto da vida, resolveu então pronunciar a frase independência ou morte. Acho que deviam pintar um quadro verdadeiro, ou seja, o imperador cagando no meio do mato e proclamando a independência. Nada como a verdade. Ficaria mais adequado, a afinal sempre se fez merda no país. E um ato positivo pode ter sido consegido em meio à merda.

Mas tudo bem, foi proclamada a independência; a cavalo ou cagando dá na mesma merda, o fato é que o Brasil separou-se de Poertugal.

Costumam nessa época algumas pessoas ficarem excitadas, frenéticas e num frisson patriótico dos seiscentos diabos, baixa nelas o caboclo do patriotismo, e no Dia Sete, quando tocam o hino, cantam o danado com a mão no coração, este tocando timbalada, e ficam tão emocionadas que podem ter um troço. Conheço um capacho de Pesqueira que no palanque oficial cagou-se todo, outro de Arcoverde que mijou-se e dizem que ainda ahá outro também em Arcoverde que se esporra quando canta o hino, é o efeito viagra do hino, mas dizem que esse é meio afrescalhado, tem fixação na espada do imperqador. Essa três não posseum currículo mas prontuário. Nunca participei de paradas e nem de desfiles. Detesto. E nunca cantei o hino, acho completamente ridículo.

Acho que patriotismo não é algo pontual, sazonal e nem demagógico, não tem nada a ver com amostramento. Patriotismo é fazer o dever de casa diturnamente, sendo apenas um cidadão de verdade. Não precisa ficar excitado berrando "Um filho teu não foge à luta!". Ora se nao foge, foge com os pés batendo na bunda.

No dia sete, ultimamente, em vez de assistirt a Casablanca, estou assistindo à comédia "Quando Setembro Vier", possuio o DVD e todo sete de setembro assisto a esse filme. Nem por isso me sinto menos patriota. E sei que não sou mané. Ah, Brasil.