O infinito

A ideia clara de infinito me é tão pouco definida, como suponho ser para a maioria das pessoas, tanto que em minhas analogias, ao usar coisas do cotidiano para me aproximar dela imaginei o próprio e finito ser humano (enquanto corpo), porém, num contexto mais coletivo. Imaginem os caminhos que levaram o povo brasileiro aos valores éticos que cotidianamente hoje se pratica; pensem nas variáveis e circunstâncias sorrateiras ou cínicas, porém incorporadas às banalidades reais como ingredientes da vida social e já consideradas por muitos como “cultura”; ao refletir sobre as condições, iniciativas, providências e motivações que algum ou vários líderes teriam para empreender uma batalha épica no sentido de reaver a verdadeira civilidade fazendo-a ser absorvida pela nação. Conjecturem sobre todos os reflexos negativos dessa ausência e os positivos que adviriam de um plano heroico de reestruturação da moralidade social brasileira que aí sim, teríamos uma ideia já aproximada de infinito, haja vista no grau de complexidade, empenho, artes e manhas que tal empreitada exigiria.