Agradável era a tarde na piscina do condomínio.
 
De repente ouvi um grito.
_ Tira ele daí! Socorro!
O medo de ver uma criança se afogar causou o desespero de uma moça. Logo um rapaz puxou a criança livre na beira da piscina.
Não demorou a mãe veio ofertando tapas e indagando se o menininho estava louco. Ela puxou o garoto buscando o lado mais raso e seguro.
A criancinha não disse nada, assustada, chorando muito.
 
Como a criança visitou o lado perigoso?
Por que a mãe permitiu que o sapeca fizesse a volta?
A suposta loucura não teria a ver com a desatenção da mãe?
Por que agredir o menino se ela, a mãe, se distraiu bastante?
 
Três minutos depois aquela família foi embora, a criancinha cabisbaixa, ainda recebendo bronca, sem a coragem de encarar o tão severo mundo.
Eu quase disse à mãe que o menino correu risco porque ela vacilou.
 
Ele foi apenas curioso e inquieto.
A mãe parecia curtir a preguiça, distraída não viu o menino, mas decidiu compensar seu descuido com um excessivo rigor.
 
Analisando a punição do menininho, pensei uns versos:
 
Talvez uma tragédia, a mãe esqueceu o rebento
Dessa vez a comédia, se ela enlouqueceu lamento
 
Querendo a verdade, atenção a galera indignada implora
Desfazendo a leviandade, a punição já era, deletada agora

 
Um abraço!
 
Confiram os versos citando a preguiça que me abraçou ontem:
http://www.recantodasletras.com.br/poesiasbucolicas/5373409
Ilmar
Enviado por Ilmar em 07/09/2015
Reeditado em 07/09/2015
Código do texto: T5373415
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