NO BALANÇO DA REDE

NO BALANÇO DA REDE

(Autor Anesio Silva)

CAPITULO I

La no fundo da minha chacara,sob um ceu azul que chamamos , ceu de brigadeiro,no balanço de uma rede amarrada entre duas pequenas arvores frutiferas, ouvindo uma bela sinfonia executada por pequenos e virtuosos musicos vestidos com casacas de inumeras cores.

Deixo me embalar pelas minhas recordaçoes de uma vida, graças a Deus muito bem vivida.

Como na tela de um cinema,as imagens se formam e em cada uma delas componho uma historia, historias da minha infancia tranquila junto aos meus pais e meus irmaos:da minha juventude e algumas bem atuais.

Meu pai, o saudoso seu Bene, minha mae, a nao menos saudosa D Coercita,que para simplificar o seu exotico nome, todos a chamavam de D Cicita.

Composta pelo meu pai, a minha mae, a tia Maria que nunca se casou e se dedicou a cuidar dos intrepidos sobrinhos, pela minha irma Teresa chamada por todos nos de Dada que era a mais velha e a auxiliava na dificil tarefa de domar aquelas pequenas ferinhas que era tambem formada pelo mano Paulinho e a mana Regina que e a caçula desta familia abençoada.

No balanço da minha rede, ainda de olhos fechados adiciono a esta familia outros vultos interessantes como o tio Armando que tinha o apelido de Rolao, devido ao seu enorme cigarro que vivia fumando e tossindo.

A nossa casa naquele tempo sempre vivia cheia de amigos do meu pai la da C S N e familiares. do meu pai e tambem da minha mae. Como voce ja deve ter percebido, a nossa chacara era um verdadeiro oasis para aquelas almas sedentas de paz e tranquilidade

Destaco tambem, que a chacara possui ate hoje uma agua mineral muito especial que ja foi ate aprovada em uma analice.

Abro aqui um parentesis para destacar que na minha infancia nao havia esta parafernalia de produtos eletronicos que prendem e escravizam o ser humano. Digo o ser humano porque agora estou falando de instrumentos que aprisionam e escravizam a alma de todos nos.

Criado ao ar livre, nadando e pescando no açude, no Rio Paraiba e nos corregos que para mim eram arterias da liberdade, por serem bem proximos de casa e me proporcionarem inumeras diverçoes as quais ate hoje me recordo e nos proximos capitulos vou desfolhar aqui o rosario de minhas aventuras no balanço da minha rede.

CAPITULO II

A CHACARA

Sob a sombra de uma arvore frondosa uma mangueira, olho em volta e vejo A nossa chacara. Vou tentar defini la.

Adquirida graças ao suor do meu pai, cuidada e conservada com muito sacrificio dele, da tia Maria e do tio Armando, aquela chacara era um verdadeiro oasis, para onde meu pai fugia para descançar da dura batalha que enfrentava la na CSN onde trabalhava.

Ele plantava arvores frutiferas e entre elas os mamoeiros que davam os mais belos frutos. Nunca mais vi mamoes como aqueles que davam agua na boca dos que passavam perto da chacara.

Havia tambem um grande chiqueiro de porcos onde reinava soberana a porca Cavaca que comia ate vidro com seus dentes afiados. Cavaca nao criava menos de quinze leitoezinhos a cada cria.

Anteriormente moravamos no bairro Conforto em uma casa proxima a Ponte preta, local de acesso as dependencias da fabrica. Um dia ao voltar pra casa,meu pai chegou aconpanhado de um enorme cao, um fila dinarmarques que recebeu o nome de leao. Tambem com um latido daqueles?

Havia tambem uma pequena granja onde eram criadas galinhas de raça nobre, tambem muito adimiradas. Quem cuidava de tudo realmente era a tia Maria, irma do meu pai e o tio Armando que tambem era seu irmao.

Com um lenço amarrado na cabeça ela capinava, plantava e cuidava do terreno, enquanto tio Armando que nos o chamavamos de Rolao, devido ao enorme cigarro que ele fumava e tossia, cuidava dos porcos e tratava das galinhas, atrapalhado por mim e meus irmaos Paulinho e Regina.

Temos tambem uma irma mais velha que a chamamos de Dada e esta ajudava tia Maria a cuidar daquele trio barra pesada que eramos eu e meus irmaos .

O paulinho era terrivel, vivia fazendo armadilhas para que o pobre velho caisse enquanto levava raçao misturada a lavagem para os porcos e raçao e milho para as galinhas. Tio armando chingava:

-Cabrunco, Lamparao. Maria algusta, voce nao batizou este menino direito nao. A guarniçao da propriedade ficava a cargo do cachorro Leao e de uma familia de gansos que meu pai adiquirira e eram muito bravos. Nos dias chuvosos, era uma festa quando os porcos fugiam do chiqueiro e tio Armando saia atras deles pelo morro que existe la no fundo do quintal. Surdo como uma porta, ele se confundia quando nos, da varanda da casa orientava mos ele mostrando onde estavam os porcos. Uma vez, quando alguem disse que os porcos estavam ao sul da propriedade ele se confundiu e perguntou:

-Na casa da Sula ? Sula era a mulher do tio Benicio que morava bem distante da nossa casa.

Um dia, o dono do Leao apareceu e papai o devolveu mas nao deixou de conseguir outro para nos e agora tinhamos o Feroz, que era de fato uma fera, que o digam os gatos que eu perseguia junto com ele e os belos coelhos orelhudos da minha irma,quando ele invadiu o cercado deles e nao escapou nenhum a sanha daquele assassino.

Eu sempre gostei de passarinhos e os gatos da minha irma as veses pegavam um na gaiola que as veses deixava imprudentemente ao pe de alguma arvore.

Quando isso acontecia, eu o perseguia e as veses o Feroz o extraçalhava.

Mamae nao era muito de cuidar da chacara nao, ela ajudava o meu pai em um comercio que eles tinham que chamavamos a Barraca, onde ele vendia de tudo. Na rolança do tempo,todos eles se foram mas antes a propriedade foi dividida entre nos quatro, cabendo a mim a parte onde esta situada a casa.

Meus irmaos venderam cada um a sua parte e eu fiquei com a parte da Regina que fica em frente a minha parte.

Eu tenho o dever moral de conservar a minha parte, pois foi por minha causa que o meu pai deixou de trocar a nossa chacara por um apartamento e uma sala comercial la no centro da cidade.

Eu nunca me esqueci do dia em que voltando do serviço, ao passar em frente da Cafua, a chacara do tio Benicio que ele vendera, este suspirou e disse para mim:

Nunca venda a sua chacara para nao sentir o que estou sentindo agora. Hoje, aposentado, infartado, nao posso fazer muito pela minha propriedade mas com a ajuda do meu cunhado Zeze temos conseguido mante la graças a Deus.

CAPITULO III

O AÇUDE

Muito dos atuais moradores do bairro Açude duvidam que ali existiu de fato um açude. Eis ai a sua historia. Sobre aquela rede que balança ao vento me vem ao espirito esta recordaçao:

O acude realmente existia no local onde atualmente e o bairro que leva o seu nome. O paredao onde a agua era reprezada ainda existe ate hoje,como testemuna viva da sua existencia. Para os moradores mais antigos e mais humildes ele era ate fonte de renda devido a abundancia de peixes como bagrea, caras, Trairas cascudos e outros. Havia ate um jacare que era o soberano do açude e vivia escondido entre a Vitoria Regia que era abundante no local. Para os garotos como eu, na epoca com meus dez anos de idade era todo divertimento, pois viviamos em bandos nadando e pescando. Nas noites de lua cheia e muito calor iamos junto com alguns adultos nos refrescar em suas aguas. Quando o açude era esvaziado, sempre pelo seu Bernardo que era empregado da fazenda do seu Arthur, um fazendeiro da regiao, era uma verdadeira festa devido a grande quantidade de peixes que eram disputados por muita gente da cidade. Numa dessas eu quase morri atolado no barro por causa de uma enorme traira que tinha avistado. Fui salvo ja com o barro quase me encobrindo e nao me lembro quem foi o meu salvador (Se ele estiver lendo este livro, as minhas desculpas, afinal, eu lhe devo a vida.

Certa vez, um homem morreu afogado ali,diziam que ele era um marinheiro la do Rio de Janeiro. Parece que por nao conhecer o local, ele pulou de ponta cabeça e caiu sobre uns banbus de uma moita que ficava submersa. Todos nos sabiamos que aquele local era perigoso e nao saltavamos dali.

Um garoto, o Toninho galo cego aprendeu a nadar de um geito unico: Jogaram no la do paredao e ele teve que se virar ou morreria afogado. Depois disso ele se tornou eximio saltador la do paredao, onde havia uma disputa ferrenha entre os moleques para ver quem saltava melhor.

Interessante que o tal jacare,nunca aparecia, talvez assustado com a algazarra ele se escondesse entre as Vitorias Regias.

Esporadicamente ele aparecia e atacava alguns animais dos moradores ribeirinhos mas nunca se teve noticia que ele atacou alguem.

Um belo dia, estava eu no bar do Seu Galdino que ficava em frente a praça cafezal e foi entao que o seu Bernardo levou um pouco da carne do bicho, que afinal nao era tao grande assim como tira gosto enquanto ele com seus amigos bebiam cachaça.Eu ate provei um pedaço como eu disse, agora ja havia muitos moradores ribeirinhos e aos pouco foram diminuindo a frequencia dos banhistas e aventureiros ate que o nosso açude foi aterrado e veio a tona o bairro que levou o seu nome.

O traçado do novo bairro e o mesmo do antigo açude afirmam os antigos uzuarios.

Ate hoje, creio que sou o unico escritor a relatar a historia do nosso antigo açude, parte do nosso antigo paraiso.

Antigo mesmo, pois atualmente resta apenas uma fetida galeria de aguas pluviais, no que se tornou o nosso corrego onde tambem nadavamos e pescavamos felizes.

CAPITULO IV A BARRACA.

Registrada como Comap Posto N 1, cujo proprietario era o meu proprio pai, o seu Bene a barraca era um armazem onde , se vendia Secos e Molhados como se dizia na epoca e tinha uma grande freguesia.

No balanço da rede, eu me recordo daqueles tempos de fartura.

Situada no centro da praça, onde atualmente existe o Jardin da Infancia Recanto Infantil e a Creche Marratma Gandi a Barraca como a chamavamos era administrada pelo meu pai e pela minha mae.

E por esta rasao que no decorrer destas historias, so agora ela vai dar o ar da sua graça, pois era ela que cuidava da barraca enquanto papai estava no trabalho la na C S N.

La tinha de tudo, era como se fosse um mini supermercado e ali se vendia cereais frutas e legumes, as melhores frutas que conheci.

Naquela epoca eu estudava no extinto Grupo Escolar Savio de Almeida Gama onde aprendi as primeiras letras. Foi ali que mais tarde, na quarta serie, ganhei um concurso de redaçao e fui premiado com uma Caderneta de Poupança premio este dado a mim pela Prefeitura da cidade.

Eu creio que foi neste tempo que despertou em mim a vontade de ser um escritor.

Minha mae que era ex professora me incentivava bastante. Como eu gostava muito de ler, ela me comprava varios livros e muitas revistas.

Proximo a barraca havia uma figueira que foi palco de muitas aventuras que vou narrar mais tarde.

Naquela epoca, o meu pai, para facilitar a compra de frutas e legumes direto do produtor, ele comprou um pequeno caminhao que nos o chamavamos de Feioso este tambem teve a sua historia.

Falando em historia, me recordo da mais bela liçao de vida que meu pai deu a mim e ao meu irmao Paulinho:

Um dos fregueses do meu pai estava com a conta muito alta e para que fosse paga, o tal homem mandou que fossemos buscar uma televisao e um fogao em sua casa.

No momento que colocamos a TV e o fogao na carroceria do Feioso,meu pai notou o semblante triste das criancinhas da casa pela perda da sua TV. Meu pai mandou decer na mesma hora os objetos. e o Feioso voltou vasio.

A barraca durou ate o ano de 64 e ate teve um dos fregueses de papai o Sr Pacifico que depois de muitos anos o procurou e saudou uma divida que estava pendente. Meu pai nao era de cobrar as dividas e muita gente nao pagou as suas contas.

CAPITULO 5- O FEIOSO

Feioso era um velho ford 57 que era dirigido pelo tio Benicio, pois o meu pai nao sabia dirigir.Tio Benicio era tambem mecanico e para concertar o feioso passava maus pedaços, o que para mim era muito engraçado. Lembro uma vez em que ele pediu a minha irma para tirar um pouco de gasolina e ela teve dificuldades para tirar a gasolina na mangueira. Chamou outra pessoa e tambem nao deu certo. Vejam so o que ele disse:

-Que raio, vem um com a boca grande e outro com a boca pequena de mais. Ninguem ajuda...

Uma vez no carnaval, tio benicio nos levou no feioso, mas ele vivia enguiçando e era preciso descer e empurrar. Era um tal de desce e empurra que vai pegar, ate que sabe Deus como chegavamos ao destino. Na volta era o mesmo sacrificio.

Naquele tempo, a ponte que fica proximo a nossa casa era de madeira, dois pranchoes cobertos por grossas tabuas para se fazer a travessia. Nao e que o feioso, um dos poucos caminhoes do bairro vivia enguiçando sobre a ponte?

O feioso foi reformado. Um dia, trocaram a sua cabine, fizeram lhe nova carroceria, mas o problema era o velho motor, logo depois ele foi vendido e meu pai nunca mais quiz saber de carro nenhum.

O feioso tinha muitas historias como no dia que por sorte nao derrubei a nossa casa:

Para se evitar empurrar o caminhao ele era colocado em um morrinho que ficava ao lado da nossa casa. Nao e que um dia eu quase derrubei a casa com ele? Sorte foi que eu consegui frea lo. Naquele dia o tio Benicio me deu umas borrachadas.

CAPITULO 6 A FIGUEIRA

Eu nao disse que ainda ia falar da Figueira ?

Situada ao fundo da praça cafezal,ponto de encontro dos malandros da epoca, para jogar baralho e purrinha, o que era proibido pela lei naqueles dias. Meus pais nao nos deixava nem ficar por perto, mas la da Barraca dava pra ver o que acontecia.

teve uma vez em que os policiais armaram um plano pra prender os malandros que se transformoun em uma grande comedia:

Comandados pelo detetive Braguinha,eles bolaram um plano que era o seguinte:

Um carro particular parou la na outra rua e um dos policiais disfarçado, se aproximou do grupo que jogava ronda.Ficou observando e foi convidado a participar do jogo.

Os malandros mancumunados entre eles iam depenar aquele pato.

Outro policial disfarçado se juntou ao grupo e logo os outros dois ja participavam do jogo. La de dentro da barraca eu vi quando a um sinal do chefe,eles sacaram as suas armas simultaneamente. Ja viram quando se atiram pedras em um bando de passaros?

Pois foi o que aconteceu. Como num passe de magica, os malandros fugiram, deichando os policiais de armas em punho, um apontando pro outro as suas armas.

Mas afinal a figueira tambem dava uma bela sonbra ao local.

CAPITULO 7 -QUE CARRINHO DE ROLIMAN QUE NADA

Minhas recordaçoes continuam e agora uma postagem sobre carrinho de rolima no face, me remetem a aqueles dias.

Mas o meu e do meu irmao Paulinho nao era de rolima, era um baita carrao que montamos com as rodas de um carrinho de mao, que era o seguinte:

Duas rodas bem maiores atras e as da frente menores . O nosso carro Mamute como era chamado,descia veloz pilotado por mim ou pelo meu mano,e passavamos literalmente por cima dos adiversarios.

O interessante e que ao final da pista, que hoje e a nossa atual Av Francisco A . Francisco,do lado esquerdo havia um grande buraco e a moda era fazer a curva final o mais proximo possivel do tal buraco. Quantas veses jogavamos o Dailton la em baixo.

O carro Mamute era insuperavel, era temivel mesmo.Na epoca tinha na TV um filme que deu o nome do nosso carro.

CAPITULO 8- PIPAS

Olho para o ceu e vejo algumas pipas evoluindo e as lenbranças chegam ate mim aqui na minha rede.

Modestia parte eu sabia fazer uma pipa e as minhas eram especiais, ate as suas cores eram destacadas.

Na maioria, cor de abobora ao centro, ladeado pela cor azul.

O cerol era temido e muitas veses vi alguem abaixar correndo a sua pipa. Esta fama que eu tinha quase sempre era resolvida no tapa e muitas brigas aconteciam por causa das tais pipas, pois a disputa era enorme.

Ailton,Davi,Joao Corro e Deusecir eram meus rivais e eram tambem verdadeiros ases na arte de fazer e soltar pipas. Ah, eu ja ia me esquecendo do Pinto d'agua que de muito longe enviava a sua e o seu cerol tambem era um cerol bala como se dizia na epoca.

Havia tambem os ladraozinhos de linha que jogavam marimbas e abaichavam as pipas para roubar a linha, mas um deles se deu mal comigo, quando dei um puchao na minha linha e ouvi la adiante um berro.

Eu nao corria atras de pipa como muita gente hoje em dia, eu adorava faze las e pra nao dizer que nunca catei uma pipa avoada, uma vez estava eu sentado no meio fio, onde estavam construindo a praça cafezal, quando uma pipa veio caindo e ela caiu quase entre os meus pes, foi a primeira e a unica que eu catei.

Eu ficava uma fera quando um garoto catava uma pipa avoada e um garoto maior tomava dele. Ai eu comprava a briga.

Hoje em dia, ate a maneira de manusear as pipas e diferente eu tenho reparado que hoje em dia, eles ja nao as fazem mais, pois as lojas vendem ate o cerol. Mas tem uma coisa que eu nao posso deixar de falar:

Nao passe cerol em via publica e nem solte pipas proximo a rede eletrica. E tenho dito.

CAPITULO 9 -COLEIROS-

Esta semana eu adiquiri uma dupla que batizei de Loco Abreu e Vendaval, ambos em homenagem a atacantes do meu Botafogo. Mas des da minha infancia , sempre tive bons coleiros e nao era preciso esquenta los nao, naturalmenteeles eram quentes e nao precizavam de enfemiar nao. Um dles certa vez foi preterido por um rico senhor que me ofereceu um bom dinheiro.

Ele me disse :

Garoto, este me disse que o dele havia ganho muitos trofeus e que ia acabar com o meu. So que enquanto o dele cantava uma vez, o meu cantava quatro. Foi quando ele me fez uma proposta, me dava o dele e me voltava um bom dinheiro, o que recuzei. O homem ficou furioso ainda mais que os outros garotos zombavam dele. Foi assim que o meu coleiro ficou famoso.

Teve um outro que cantava tanto que um dia saindo com ele para o campo,ele conseguiu galar uma femea na gaiola que estava em minhas maos.

Eu sempre tinha coleiros muito bons, mas eu nao conseguia me desfazer deles. Eram de estimaçao mesmo

CAPITULO 10 -TITO QUEIXADA

Ex palhaço de circo e dono de um pequeno parque de diversoes, tito queixada veio trabalhar comigo la na C S N. O cara era realmente muito engraçado e um otimo contador de causo, foi ele que me contou o causo do Artino Anterms que se tornou um dos meus personagens narrados no radio e no site Recanto das letras

La na C S N ele trabalhava municiando os embaladores de folhas de Flandres com cantoneiras,plastico e caixas de papelao para se fazer As embalagens dos fardos de folhas de flandres. Tito queixada, entre um fardo que era embalado e outro, sempre tinha o que contar.

O nosso chefe, o Sr Diderot, grande fan dos seus causos,nao podia ve lo passar em frente a gaiola(Nome que davamos ao escritorio do chefe) que o chamava para contar um causo e quando isso acontecia, era terrivel, pois os fardos se acumulavam e um certo dia quando ele demorou muito la na gaiola,os fardos se acumularam tanto que preocupado, o operador da maquina foi chamar o Queixada, so que o causo ainda nao tinha terminado e o Sr Diderot mandou parar a maquina. Isso mesmo, mandou parar a maquina. (Ta vendo como a CSN era uma mae?)

Ele adorava fazer macaquice e uma delas era revirar os olhos, avançar a dentadura e mecher as orelhas sem por as maos.O Chicletao que trabalhava na fabrica de estanho quase morreu um dia de susto quando cochilava sobre uma mesa e ao acordar se deparou com o Queixada transformado naquele monstro horrivel.

Chicletao amanheceu morto muito tempo depois la dentro da fabrica de estanho,ataque do coraçao.

Teria ele sonhado com o Tito queixada?

CAPITULO 12 JOGO DE BOTAO PELA CALÇADA

Botafogo, Vasco,Flamengo e Fluminense, Bangu e America.

Este eram os times de botoes que disputava os campeonatos com meus amigos e meu irmao Paulinho.

Eu jogava com o meu Botafogo

O Paulinho com o seu Fluminense

O Aroldo com O Vasco

e o Joao Pelota com o seu Flamengo

Os garotos Alfredo ,meu sobrinho era o America e o Pedrinho era o Bangu

Tinha ainda o Pretao com o seu Flamengo e o Valter com o seu Botafogo.

Jogavamos na varanda das nossas casas para desespero das nossas maes e isso durou ate que apareceu uma firma que mediante a 150 botoes que foram trocados pelo campo oficial que em parceria com os participantes adiquirimos o nosso campo.

Os jogos eram autenticas batalhas e muitas veses brigava mos uns com os outros por discordar da maneira que as vitorias eram conseguidas.

Tinha tudo muito bem organizado com tabelas que marcavam tambem os locais das partidas que eram sempre no sabado ou na quarta feira, afinal domingo era dia de ouvir no radio os nossos times oficiais jogarem ou entao irmos assistir os jogos do Flamenguinho, o time do nosso bairro.

Os jogos de botoes naquela epoca para nos era mais interessantes que os jogos de hoje,os pley stations.

Tem uma coisa que eu discordo de Dorival Caime: Eu era feliz e sabia disso, eu e meus companheiros que jogavamos botoes pelas calçadas.

CAPITULO 13 DAILTON, O REI DOS DISFARCES.

Esse capitulo nao podia faltar.

Naquele tempo, brincavamos tambem de pique esconde e a brincadeira ia ate tarde da noite.

Corriamos ate pelos morros proximos e a medida que alguem era pego ele teria que procurar os outros e isso continuava no dia seguinte, de onde havia terminado.

Tarde da noite, so faltava o Dailton e todos nos nos escondemos proximo ao poste onde o Dailton tinha que tocar a fim de escapar de ser o proximo a procurar os outros e teria que ser no dia seguinte, pois ja era muito tarde.

Escondidos nas proximidades e eu estava bem proximo ao poste, avistei la no fim da rua alguem montado em um burro velho, o Burrao do Ze Mineiro.

Vestido com roupas que nao eram dele, o Dailton, com um chapeu de palha cobrindo lhe os olhos passou vagarosamente entre todos nos e tocou no poste, batendo tres veses com uma pedra. Disfarçado desta maneira ele escapou.

Bem, tudo que e bom dura pouco e agora eu me levanto da rede e as minhas lembranças vao dar um tempo, outras virao. Por hora,os meus agradecimentos a voce que esta me honrrando com a leitura do meu livro.

Fim

ANESIO SILVA
Enviado por ANESIO SILVA em 16/09/2015
Reeditado em 16/09/2015
Código do texto: T5384014
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