Upa-Upa, Cavalinho

As crianças são seres inocentes, acho que há unanimidade nessa afirmativa, mas na sua inocência podem causar grandes problemas e, às vezes, destruir a felicidade um lar. Não por culpa dela criança, mas dos adultos do seu entorno.

Vamos a um fato verídico muito comentado no sertão pernambucano. Havia um casal muito feliz, desses que a cafonice costuma chamar de casal vinte. Tinham um filinho de quatro anos, um garotinho lindo e muito traquino. O pai costumava para satisfazê-lo bancar o cavalinho, o garoto montado nele e gritando, "Upa-Upa, Cavalinho!. Brincavam a valer.

Mas nesse tempo feliz surgiu um fato triste, a irmã da mulher ficou viúva, não tinha filhos e ninguém na vida, então foi convidada a morar com o casal. Era muito tímida e calada, mas muito parecida com a irmão, também muito bonita. A vida continuou tranquila, mas os amigos sempre brincavam com o esposo dizendo que ele era um homem de sorte, tinha à disposição em casa duias mulheres bonitas. Ele nem ligava, leva na esportiva. E contava o fato em casa, a mulher que era muto expansiva apenas ria, mas a irmã corava. Mas com o tempo foi desasnando e começou também a rir das brincadeirtas, a intimidade tomou conta dos três, viviam harmonicamente, até o dia...

Bom, certo dia quando a mulher que saira para fazer uma visita a amigas e participar de uma reunião na igreja chegou, satisfeita e conversando muito, a irm~~a ouvindo junto com o marido, o menino chamou o pai para bricar de cavalinho upa-upa, o pai se negou, disse que estava gripado e com dor de cabeça que brincaria no outro dia. O menino se encabulou e aí correu para o colo da mãe e disparou: - Mainha, painho num qué brincá comigo de upa-upa cavalinho mas quando a senhora saiu ele brincou com titia na sua cama.

A mulher começou a chorar, a esculhambar com o marido, ficou dessesperada. A irmã muito triste começou a fazer as malas para ir embora. Mas quando estava fechando as malas, a irmã chegou mais calma, eram muito amigas, desde crianças, e disse que ela não precisava ir embora, que o culpado era o marido, que fora apenas uma fraqueza delas, que tudo agora estava bem e se abraçaram.

Desse dia em diante é só o menino pedir para brincar de upa-upa cavbalinho que os três se oferecem na hora. Parece que há rodiízio na brincadeira, com o menino e também dele com as duas irmãs. Ficou tudo em casa. Para que escândalo numa fampilia feliz. Para compeltar a cuinhada era estéril. Upa-Upa, Valinho! E priu.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 24/09/2015
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