"DO PÓ VIEMOS, AO PÓ RETORNAREMOS": UMA SITUAÇÃO SINE QUA NON

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Sexta-feira, 16 de Outubro de 2015

O piloto de fórmula 1 Michael Schumacher praticamente desapareceu do noticiário internacional após sofrer um grave acidente praticando esqui nos Alpes franceses, quando esquiava por lá. Numa queda muito forte que culminou em sérias contusões e deficiências físicas profundas, a ponto de causar-lhe o impedimento de voltar a ter uma vida normal como a de antes.

As últimas notícias sobre ele dão conta de que seu tratamento já ultrapassou valores acima de R$60 milhões, mas que o obriga, ainda, a outros tratamentos paralelos, visando restituir-lhe o maior número de funções em seu organismo, para facilitar que tenha uma vida mais útil após tal tragédia.

O detalhe maior nisso tudo é ver e saber que nunca mais foi divulgada nenhuma imagem do piloto em nenhum órgão de imprensa. Mas que sua situação física não é das melhores depois disso, quando ele chegou a perder um quarto de sua massa corporal, estando com cerca de 45 kgs de pessoa nessa atualidade.

É um fator estarrecedor, para ele, sua família e seus admiradores. Estar numa situação terrível como a atual, em função de sua idade e forma física que possuía, ficando num estado lastimável, conforme dá conta a última notícia sobre ele.

Mas a vida é assim mesmo. Não livra a ninguém do infortúnio. Tendo ou não fama e dinheiro, quando tais fatos acontecem, não há como livrar-se dele. Apenas que sendo uma pessoa famosa e rica, poderá usufruir de uma assistência médica privilegiada, o que não está ao dispor daqueles que não o sejam. Mas o sofrimento será quase o mesmo para todos, nestas circunstâncias.

Muitos são os casos de celebridades que após acidentes ou tragédias, desapareceram do cenário em que viviam. Tornaram-se pessoas invisíveis, praticamente. E aqui em nosso país tivemos e temos alguns casos parecidos. O ator Gerson Brenner e, mais recentemente, o comediante Shaolin, são dois casos disso. Mas não podemos esquecer um famoso locutor esportivo de São Paulo, o Garotinho, que também acidentou-se gravemente num acidente automobilístico e saiu da vida de celebridade.

No caso do Shaolin, seu acidente fará cinco anos em Dezembro. E de lá para cá não se viu mais nenhuma imagem dele. E isso é um fator interessante porque em ambos os casos, o deste e o do Schumacher, as famílias os esconderam de uma forma absoluta, dando a entender que não há a mínima condição para que seus admiradores os vejam num aspecto de destruição, possível e provavelmente.

E aí não se pode querer que se evite isso. Mas pelo menos se pudéssemos vê-los da forma como estão hoje, talvez se pudesse entender os grandes mistérios que acontecem em nossas vidas com tais circunstâncias. Porque não é porque uma pessoa tornou-se célebre e famosa, esbanjando imagens lindas e maravilhosas, que terão que ser preservadas tais imagens para sempre, mesmo que elas hoje já não existam.

Mas essa é uma das mais fortes características daqueles que um dia foram famosos. Quase nunca, com raras exceções, se vê a imagem de um famoso em declínio ou derrotado. Isso só acontece quando há a necessidade deles conseguirem ajuda da coletividade, em prol de si mesmo, por razões de infelicidades em seus finais. Ou quase. Aí aparecem, apresentando uma humildade que nunca tiveram enquanto perfeitos, mas que no fim da vida ou da desgraça, não têm outra alternativa a não ser recorrer a todos.

Enfim, esses são os mais profundos mistérios que nos assustam em nossas existências nesse mundo e nessa vida, mas que não os conseguimos entender dentro de uma essência necessária de aprendizado, haja vista que ninguém mudará seus comportamentos dentro dessa linha de existência, infelizmente.

Aloisio Rocha de Almeida
Enviado por Aloisio Rocha de Almeida em 17/10/2015
Código do texto: T5417519
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