Dias (e corações) sem cor ...
Tem dias que começam mais cinzas que o dia nublado de hoje, e mesmo assim o coração sorri. Em contrapartida, o calorão e as nuvens não foram o suficiente para abrandar alguns sentimentos que amanheceram no meu peito esta manhã. A primeira notícia vinda de alguém que tanto estimo, e carregada de dor. Morrer é um absurdo. Depois do abraço e da ausência indescritível de palavras, voltei-me, um tanto sem ânimo, para as obrigações que me acercavam. Diante das luzes da tela que sensibilizavam meus olhos Fotofóbicos, aquele link parecendo me obrigar a ler sobre as tais doenças que nos levam dessa vida.
Entre coisas que acontecem e as que leio na internet, estou classificando meu dia como cinza por dentro. E rezando para que apesar de todo calor, o sol ou a chuva possam ser suaves o suficiente para aliviar estas tristezas. As minhas e as que de quem estimo. Lembrei, sem coincidência, desta música:
“Ouça-me bem, amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos, tão mesquinhos
Vai reduzir as ilusões a pó”
E me perguntei o quão cinza por dentro o Cartola estava quando compôs estes versos. A verdade é que por mais contraditório que seja, estou querendo acreditar que talvez algumas dores chegam para nos curar. E a gente nem sabe.
*Textos de Quinta - Para fugir da responsabilidade.
Um a cada quinta. Não é promessa, é desejo =)