"É TUDO UMA CAMBADA DE BABACA!"

Sparkline 27046

Rio de Janeiro, Terça-Feira, 27 de Outubro de 2015

De geração à geração, os modos, costumes e comportamentos vão mudando de uma forma avassaladora. E é claro que para os mais vividos isso passa a ser destoante. Porque cada uma delas possui as suas próprias peculiaridades. Assim é que os modernismos atuais fogem aos dos tempos passados, recentes ou remotos, tanto faz.

Com isso, surgem nomenclaturas diferentes daquelas de outros tempos. Hoje seriam consideradas demodê, todas aquelas outras lá de trás. Mas convenhamos, tudo o será um dia, não é? Porque o tempo passa e com ele as novas modas surgem, derrubando uma atrás da outra.

Mas não deixa de ser engraçado, nesses tempos de internet, tomar-se conhecimentos das mudanças que se dão através dos tempos. E no âmbito comportamental, vai surgindo novos jeitos e conceitos sobre isso. Aí vai se discutindo o que ser ou como ser. Ou ainda como seguir a tal de moda.

Óbvio é que todos nós, seres mortais, embarcamos nisso. Daí que ninguém poderá dizer que nunca seguiu uma moda do seu tempo. E no seu tempo, também. Desde a roupa, aos tênis, sapatos e sandálias. E principalmente aos cabelos. Enfim, a tal de moda pega cada um ao seu jeito. E vida que segue.

E numa reportagem na internet, deparei-me com a citação das nomenclaturas de moda que passou e da que está em vigor, nesses nossos tempos. E mesmo com algumas ressalvas a respeito, usarei os termos que nela constam, todos em inglês. Sem me preocupar em buscar tradução para os mesmos, o que deixo a cargo do prezado leitor que me segue.

Há um certo tempo, chamou-se um comportamento humano de Hipster. Onde a geração dessa época mantinha-se de um determinado modo e jeito. Mas que com o tempo apareceu uma outra, a Yuppie. E seguindo os tempos, vem a que classifica certa gente de Yuccie; E agora, apareceu a tal de New Lad. E cada uma delas com as suas peculiaridades comportamentais.

E eu que já ando na casa dos mais de sessenta anos, e já passei por isso tudo, mas sem apegar-me profundamente à moda alguma, pelo menos de forma profunda ou acentuada, lembro-me de meu tempo de jovem. E numa discussão como essa, a maioria daqueles dos meus tempos proferiria a seguinte expressão: "É tudo uma cambada de babaca!".

Ora, desculpando-me pelo exagero, digamos, mas também pelo termo um tanto quanto chulo, diria que isso é próprio da geração demodê, à qual faço parte, hoje. Porque a juventude atual está seguindo o ritmo de seu tempo. E nada mais justo de pertencer à essa classificação. Pelo menos a maioria dela.

Mas é necessário dizer que o que se observa no comportamento dos jovens de hoje, num certo aspecto, pode-se perceber a agressão visual que promovem. E, também, a do excesso de exposição. Com um certo grau de exagero nas posturas desaforadas. Tudo isso acompanhado de um alto grau de frieza nas ações. O que acarreta em descambar em violência. E estamos fartos de ver através da imprensa esses resultados.

Daí que só podemos nos conformar com tudo isso, haja vista que são os tempos atuais. E não há como correr e nem se livrar disso. Apenas torcer para que passe rápido, vindo uma outra onda, onde haja mais equilíbrio e razão. E tudo se encaixe de novo em parâmetros mais aceitáveis. Pelo menos no que possa dar segurança e tranquilidade a todos, não tendo que os pais atuais e futuros, chorarem as perdas de seus filhos em exagero, como anda acontecendo com muita frequência nesses nossos dias.

Aloisio Rocha de Almeida
Enviado por Aloisio Rocha de Almeida em 27/10/2015
Reeditado em 27/10/2015
Código do texto: T5428476
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