Leve como um coração de criança.

Toda a lógica da vida teria mais sentido se fossemos capazes de agir como adultos mas pensar como as crianças. Acho que tais elementos nem se juntam, mas me permito uma certa fuga da realidade em toda e qualquer expressão minimamente artística. Desculpas para se escrever o que bem quiser. Rs.

Lembrei-me da minha sobrinha de apenas 3 anos, quando ao dizer que fez alguma coisa, ela diz “Eu fazi”. FAZI – Do verbo FAZER: Eu fazi. Ele fazeu. Nós fazemos. É tanto sentido na sua conjugação simples dos verbos que a gente até se pergunta: pra que complicar tanto as coisas?

A gente vai crescendo e junto com a magia que perdemos adquirimos esses hábitos regrados e repleto das mais diversas convenções. Não que as regras sejam ruins. Não. Mas a gente vai perdendo o jeito com o simples.

Em outra situação ela foi me visitar dizendo que estava com saudade, mas não conseguiu me esperar chegar do trabalho nos meus horários loucos e dormiu. No outro dia, fui cheia de desculpa para pedir e dizer que eu também estava com saudade. Ao que ela me respondeu “ta bom tia, ozi você ta aqui e eu vim”. Afinal de contas, não é isso mesmo que importa? O ontem já passou afinal, pra que lamentar?

Ah Lis, como eu aprendo com você. Você ainda nem sabe quantas coisas nós, os adultos, conseguimos complicar, além da gramática.

*Textos de Quinta - Para fugir da responsabilidade.

Um a cada quinta. Não é promessa, é desejo =)

Marília de Dirceu
Enviado por Marília de Dirceu em 29/10/2015
Reeditado em 29/10/2015
Código do texto: T5431277
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