COISAS SIMPLES

Quando nasceu, nem se deu conta que o mundo é grande, e na infância tivera a oportunidade de o saber, realmente tudo parecia grande, grande demais. Até a cadeira da cozinha era enorme! Levantava os pezinhos para tudo, pois tudo era imenso.

Os contos infantis era festa, verdadeiros contos de fadas, eram vários os castelos em que ela morava, apesar de na realidade quem a abrigava era um pequeno casebre escasso de tudo. O sonho era grande, as coisas bem intensas, o medo era pouco e a vida era sonho.

Hoje cresceu, mas o mundo ainda é grande, bem grande assim, de ter horas que ela se sente uma "formiguinha". Os sonhos não são mais intensos, a vida as vezes é preto no branco, o medo impede dar passos. O casebre virou casa cheia de tudo. Mas o que importa? O mais importante é o amor perdido no tempo, das coisas simples, do que valia a pena viver!