Crônica de Natal

 
Como todos os domingos, assisto a missa das dez horas na Catedral da minha cidade, e no terceiro domingo do advento, quem presidiu  a missa foi um padre que eu não conhecia.
Na hora da homilia ele falou sobre o Natal e sobre as diversas crenças que envolvem esse dia.
Disse que a história linda e emocionante que conhecemos, está bem longe da realidade e que naquela época houve um recenseamento na cidade em que José nasceu, e que ele e Maria grávida de oito meses tiveram que viajar  para lá, e era muito distante; a única condução deles era um burrinho que levava Maria, enquanto José seguia a pé!
Depois de muito sofrimento, cansaço e frio congelante chegaram em Belém e Maria já estava em trabalho de parto... Procuraram nas hospedarias, mas devido ao recenseamento, estavam todas lotadas, bateram em várias portas, mas ninguém quis dar guarida à famíla...
Então por intermédio de um pastor encontraram uma estrebaria toda suja e fétida, o chão estava imundo com excrementos dos animais... José limpou como pode aquele chão e estendeu um lençol onde Maria deu a luz ao menino Jesus! Depois de limpá-lo, José enrolou o menino em trapos, que era o que tinham e o colocou num cocho coberto com feno, onde comiam os animais que ali estavam.
Como era uma cidade pequena logo que souberam do ocorrido os pastores vieram e trouxeram alimentos e outros artigos de primeira necessidade, já que o casal não estava preparado para essa emergência.
Não foi uma noite feliz para o casal que tiveram tanto contratempo naqueles dias, mas sim para nós, que tivemos o privilégio de receber o Filho de Deus! Segundo o padre, não houve estrela naquela noite, e os reis Magos só vieram visitá-los três meses depois do nascimento de Jesus, por isso o Natal não deve ser comemorado com pompas, mas sim com discernimento e amor ao próximo, pois é essa mensagem que Jesus quis  deixar ao nascer tão pobremente, e apenas os pobres pastores e suas famílias souberam entender e sentir grandeza do espîrito natalino!
Ofereceram o pouco que tinham com amor e carinho para aquela família, mesmo sem saber que aquele menino nascido ali era o Menino Jesus! Aquele que viera para ensinar que o mais importante nessa vida é amar uns aos outros sem distinção de credo, raça ou classe social, pois somos todos filhos do mesmo Deus, portanto iguais perante à Ele!
Devemos ver o Natal como um tempo de reflexão, de olhar com carinho os mais necessitados, percebendo neles um irmão que não teve as mesmas oportunidades, mas que faz parte da mesma família. Esse é um bom tempo para começar a exercer a caridade e o amor!
Que nesse Natal possamos pensar mais no aniversariante e na família, do que em futilidades.
E que seja um Natal de paz e luz para todo mundo!


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Aos meus amigos leitores, companheiros do Recanto, visitantes   e  dirigentes desse Site, um grande abraço e meu desejo de um feliz e abençoado Natal de Jesus!!!