Rapsódia de uma historia

“Se tu não vai me dar, não instigue!”

Adoro sorvete, ele sabia disso…

Perspicaz. Humano sem ser maçante. Levaria o selinho “magia” facinho esse meu amigo. Porém, quando afetado, algo nada raro, pipocava na ponta da minha língua a seta que tantas vezes revirou dentro da boca numa ânsia feroz em vê-lo se escafeder. Mas, dai, ele me sorria, pondo fim a todo exorcismo.

Viajava com suas conversas vislumbradas (nerd), a brisa com a gente sempre foi outra.

Em todo conto há uma vida. Mas a sangria existia. Nisso que dá, quando pegamos palavras ditas da boca pra fora e insistimos em dedilhar.

Era sempre assim: acabávamos de falar o treco, dai vinha o revertério.

Nos perdemos num determinado momento, mas assim como na máxima “o bom filho a casa torna”, em sua última aparição, vimos na totalidade a vida que se escondia – os ditos malditos que se enrolam, transformam e tem historia, naufragar.

Tal bicho, declaramos que mesmo em número pequeno ou em meio aquele perreio aglutinado de gente, éramos os donos da noite. Cientes de quem faz a festa, é o que carrega a consciência ereta, sedento a atingir alvos inimagináveis, pra uns obstáculos – O gozo pleno. Sim, meu gozo é sincero. Foi assim quando celebramos a nós mesmo. Lembra, do que me dizia? – “que calar, não me faz sentido!”. De imediato berramos ao mundo:

“Só tenho a porra dessa vida, dai você acha que vou viver de coito interrompido?”

De fato, exagerada foi a gargalhada que ocupou o espaço.

Foi espontâneo, contudo, abortamos. Somente hoje, após esses anos, ouvindo o Sir McCartney dedilhar “The Long Winding Road”, a lagrima ecoou. Você sempre estará aqui S2.

É isso.

Sandra Frietha
Enviado por Sandra Frietha em 28/12/2015
Reeditado em 28/12/2015
Código do texto: T5492920
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