ANO NOVO, VELHOS PROBLEMAS

Mais uma vez, entramos em um novo ano sem que os velhos problemas tenham sido resolvidos. Os países europeus continuam sob a ameaça constante do Estado Islâmico e outros grupos extremistas. O Oriente Médio permanece como o barril de pólvora do mundo. E o Brasil?

No Brasil, a saúde pública continua agonizando, respirando por meio de aparelhos e no quesito segurança, a insegurança é sobeja.

Na educação, os indicadores de melhora são pífios, e a economia ainda encontra-se em declínio, com uma inflação crescente e um governo incapaz de cortar gastos, ávido por aumentar e criar novos impostos.

No ano em que o Rio de Janeiro sediará os jogos olímpicos e em que os municípios escolherão os seus novos mandatários, o país vive em estado de desorganização e abandono, e a classe política está desacreditada.

Ora, o simples correr de um calendário não fará que o Brasil e o mundo avancem. Antes de desejar que o ano que acaba de chegar nos traga mais sorte, será indispensável adotarmos outro tipo de atitude, focando mais na ação, senão, ficaremos na mesma situação daqueles indivíduos que prometem emagrecer no ano novo sem, no entanto, estar dispostos a fechar a boca. Especialmente no caso do Brasil, precisamos de governantes sérios e competentes, comprometidos com o bem da nação, e não apenas com um projeto de poder, como tem ocorrido nos últimos 13 anos. E mais, necessitamos de governantes com uma visão estratégica de futuro e capacidade para implantar um projeto de desenvolvimento gradual e permanente para o país.

Um governo com visão estratégica de futuro, não se abstém de investir pesado em educação, tecnologia, energia limpa (inclusive para servir como combustíveis), transporte eficiente, saúde, segurança etc.

Uma direção (o partido) comprometida com um projeto de poder, visa apenas se manter no cargo, adotando políticas populistas, que são comprovadamente eficientes na hora de garantir votos, mas que mantêm o país no atraso.

Nós, os brasileiros, temos de decidir o que queremos para o Brasil: Queremos continuar com a política do pão e circo, ou desejamos ingressar numa era de crescimento e prosperidade? Tal decisão não pode mais ser postergada.

A democracia só se torna realmente um instrumento efetivo, quando as pessoas possuem o conhecimento necessário que lhes possa garantir chances reais de fazer boas escolhas para si mesmas e para o seu país. Do contrário, o que chamamos de democracia, é apenas um engenhoso e maquiavélico sistema de manipulação das massas.

_ Por que esse povo reclama tanto? _ perguntou o rei, algo intrigado, ao sumo-sacerdote _ Eu lhes dou de comer, beber e vestir, de acordo com a sua condição social.

_ O povo sente falta de muita coisa, majestade, todavia, por enquanto apenas reclama, porque ainda alimenta a ilusão de que seu rei, um dia, será capaz de tomar para si as suas dores.