Para 2016 e depois

Sou Coach, mas não é mesmo por isso que não sinto, nada me dói ou constrange; nada me aflige, envergonha, magoa e sei sempre onde ir e como chegar.

Sou Terapeuta, mas, não fosse Deus e a fé que Ele me inspira, como superar meus limites e dar o meu próximo passo, como saber meu próximo movimento e em direção a quê e a quem?

É justamente por ser cônscia dos meus limites que posso estar ao lado do outro e encorajá-lo em seu caminho.

É justamente por sentir a dor e a dificuldade nos relacionamentos que posso avaliar também o prazer e a alegria quando laços se recompõem ou posso seguir adiante, se só um lado almeja a união e posso ajudar o outro a ver, se ele me pede ajuda, o que ele quer fazer com seus vínculos.

Ser Coach e Terapeuta para mim é interessar- me pela vida e acreditar que há um jeito bom de se viver e de se relacionar.

Conscientizar o outro de que ele só pode mudar a si mesmo, mas, se ele muda, tudo à sua volta muda com ele, e relacionamentos mudam com as pessoas, relacionamentos são vivos e requerem cuidados.

Relacionar-se é cuidar, é importar- se um com o outro, e é impossível conviver sem que se arranhem ou se esfolem um pouco, e aí há vida, valor e preço.

Quando há conflitos, um pouco só é por causa do momento, quase tudo o mais é por causa da dor não resolvida que já existia em cada um.

Assim fica bem mais fácil ter compaixão do outro e perdoar-lhe as falhas, as ausências, os erros, porque ele, como eu faço todo o tempo, está respondendo à sua própria história e está só querendo resolver a sua dor mais antiga e não apenas aquela dor de cinco minutos atrás. Aliás, por que foi mesmo que tudo começou há cinco minutos atrás?

É lógico que tenho responsabilidade pelo que faço ao outro e ele é responsável pelo trato que me dá a cada momento, mas daí a julgar-nos e nos castigarmos com 'então tome, pra deixar de ser besta', há uma distância enorme, e aí entra a flexibilidade, para errarmos menos, para não deletarmos pessoas importantes de nossas vidas toda vez que a maré subir ou o vento abanar para os lados em que não estavam nossas expectativas.

Conduzir o outro a refletir sobre o que ele quer fazer com o que lhe acontece diariamente, já que o que fazem as outras pessoas com suas próprias vidas, por mais que lhes queiramos bem, não é da nossa conta, basta a cada um o seu próprio fardo e ainda assim, somente o fardo de cada dia.

A menos que sejam crianças ou jovens que ainda não podem decidir sozinhas sobre suas vidas, deixemos a cada um a responsabilidade de suas escolhas, e vale um conselho, até um programa de Coaching, se alguém quer refletir sobre sua vida e escolhas que deve fazer; no mais cada um deve ser livre e colherá, sem dúvida o que plantar.

Viver com responsabilidade, com cuidado e leveza, cuidado de si e do outro, no sentido de importar-se com, eis o desafio e o buscar constante de equilíbrio.

É esta consciência que mais e mais quero ter e _ se eu puder ajudar as pessoas a viverem a vida que querem viver, havendo aí responsabilidade e cuidado para com elas mesmas e seus relacionamentos e leveza no constante trilhar_ aí está traçada a minha meta para 2016 e os anos vindouros. Deus me ilumine neste desafio a que me proponho. Amém.

Neusa Storti Guerra Jacintho
Enviado por Neusa Storti Guerra Jacintho em 05/01/2016
Código do texto: T5501197
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