2015 JÁ ERA
Crônica de:
Flávio Cavalcante

     Mais um ano que acabou de ir embora. Agora estamos abertos para uma reflexão e um balancete de todo aprendizado desde o começo do ano. É hora de parar; pôr a cabeça no lugar e reparar todos os erros e acertos produzido no ano que se findou e deixando claro que cada ano é uma evolução para o nosso aprendizado nesse nosso mundo.
 
     Nunca devemos por embaixo do tapete as sujeiras colhidas durante o ano; pois, só vamos estar acumulando poeiras, traças e baratas. Apesar de ser um ano que morreu não quer dizer que a vida parou no tempo e no espaço como muitos pensam. Uns realmente apenas continuam a vidinha de sempre sem perspectiva alguma. Se contentam com o que tem e também não desenvolve ficando na mesmice. Enquanto outras, entram o novo ano cheio de projetos, objetivos e metas. Já entram com o pé direito e aproveitam cada oportunidade que vem pela frente. O sucesso para estas pessoas é mais propício do que aquelas não tem a visão de futuro.
 
     As pessoas não entendem que o significado da passagem de cada é apenas para refletirmos os erros praticados em outrora e um planejamento de acertos no porvir. E mesmo sem esse discernimento entram num funil de dívidas entrando no novo ano com uma imensa bagatela de falhas moral, material e principalmente espiritual.
 
     2015 já era e o que alimenta passado é museu. A vida é de fato uma história que se segue. No presente se recupera as falhas do passado e nos alicerça para o futuro.
 
     Acabou de fato o espírito de confraternização. O mercado consumidor é a estrela principal dessa modernidade nada aprazível. As pessoas viraram bonecos artificiais onde a comunicação é escassa e se resume a um mundo ilusório. Cada ano que passa a preocupação em ganhar dinheiro faz com que esqueçamos do verdadeiro sentido do último mês do ano. O nascimento do menino santo está perdendo espaço e o mercado cada vez bem na foto. Será que é o efeito da evolução dos tempo? Até concordo que pra tudo tem o seu tempo e a sua época, mas, não dá pra ingerir que essa tal evolução regrida a ponto de fazer com que as pessoas desconheçam uma as outras.
 
     2015 já era, daqui a pouco 2016 e assim sucessivamente. No meu ponto de vista eu acho louvável cada geração ter o seu espaço; mas eu acho mais louvável ainda que não se perca a qualidade, coisa que não se ver nessa época atual. A família despencou em seu valor educacional. O respeito perdeu o foco. O gosto entra na boca amargo e todos acham saboroso. O amor é piegas demais para a atualidade. O certo entregou o cetro e o manto para o erro e olha que 2015 já era. Está morto e enterrado. A bola de neve começou a crescer no novo ano. A semente está bichada e a árvore já germinou doente. Os frutos estão ao Deus dará no futuro. E o que se pergunta na comemoração do ano novo “Onde nós vamos parar com tanta coisa errada?” Então qual o motivo da comemoração na partida de 2015 se 2016 já começou pedindo por piedade?
 
     É claro e notório que se não houver a consciência de que uma semente plantada tem que ser bem escolhida, o que vai nos restar no futuro é a saudade de cada ano que foi comemorado com a sua morte e a boa vinda no ano novo que acabou de dar a luz.
 
Flávio Cavalcante
Flavio Cavalcante
Enviado por Flavio Cavalcante em 10/01/2016
Reeditado em 10/01/2016
Código do texto: T5506444
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