Cuidado!!!

Cuidado!!! Muito cuidado, meu amigo, pra não viver uma não-vida.

Não basta sobreviver. Sobreviver significa “sub-viver”; quem sobrevive não vive.

É preciso viver sempre ao máximo, sempre viva o mais que você puder, faça o que quiser, sempre que puder fazê-lo, e aprecie o que você fizer. Faça sempre com prazer, tudo, desde as coisas mais simples, execute-as da melhor maneira, sempre, sempre com perfeição, como se fosse a primeira (ou a última) vez que você as fizesse.

Não olhe apenas: veja, observe, visualize cada detalhe que puder captar. Cada cor tem sua particularidade, o céu é de um azul único, pode comparar.

Não cheire: aprecie, aproveite, curta cada pequeno e suave perfume que puder sentir. Sinta até alguns "odores não tão agradáveis". O olor das rosas, o cheiro da chuva, do mar, ou do seu par.

Não ouça, também: escute, atente a cada som de cada parte pela qual passar, atente como são distintos, como cada um tem sua particularidade.

O canto dos pássaros, o som da voz do seu amor, a melodia das músicas.

Não toque: sinta, perceba as nuances de cada contorno, cada curva, cada relevo, seja alto ou baixo; sinta tudo que puder tocar, tudo o que estiver ao alcance de suas mãos, seus pés; sinta a terra molhada sob seus pés, a casca de sua árvore.

Não coma: prove, saboreie, deguste tudo que puder com seu paladar, seja o que for, mesmo que você não goste do sabor. Prove o amargor do jiló, o doce do mel, deguste o que puder provar. O que vale é a experiência.

Viva! Viva a vida intensamente, e ao máximo, sempre aproveitando cada oportunidade que a vida lhe der. Só assim, porque só assim, meus amigos, vocês poderão dizer com orgulho (e não como consolo!), que viveram, e que, se não fizeram tudo o que quiseram, fizeram tudo o que puderam.