EDUCAÇÃO ALVEJADA
Crônica de:

Flávio Cavalcante


 
 
     Lamentavelmente vemos coisas nesse país gritantes e errôneas a ponto de deixar claro a estupidez de um povo que não tem a mínima noção de porque está vivendo na terra. O nível de Cultura do povo brasileiro falo de quase geral é de um teor tão baixo que precisa ter a torre de babel pra atingir os níveis culturais que vemos em outros países.
 
     A minha indignação começou depois que eu entrei num grupo de uma empresa do whats App para uma conferência e confesso que fiquei estupefato com o linguajar encontrado no liames do grupo, principalmente de uma empresa que tem o nome a zelar. O baixo teor de informações do mundo externo deixou-me tão indignado que não tive outra opção a não ser sair do grupo. O germes nocivos estavam tomados e para não ser contaminado tive que lamentavelmente fazer de conta que nem passei por aquele lugar tenebroso e nada cultural.
 
     Publiquei num domingo desses uma das minhas crônicas para reflexão como uma opção de uma boa leitura. Não pensei que eu estaria entrando num poço de ignorância e só pelo simples ato de oferecer uma leitura, fui alvejado de todas as palavras chulas que não se fala nem numa roda sacanagem, quanto mais num grupo de uma empresa que se diz séria. O que mais me chocou foi ler com todas letras a postagem de um dos funcionários que ali não era lugar para postar coisas referentes a livros, pois no grupo ninguém ia trocar um belo copo de cerveja gelada por uma leitura. Ele mesmo retrucou dizendo que detesta qualquer tipo de leitura. Aproveitando a manifestação do funcionário todos jogaram pedras e apoiando o anarquista que por causa da sua língua retrata veemente como está a educação no país. Fico pensando, caro leitor o que um cidadão desse nível tem para oferecer dentro de casa aos seus filhos? De quem é a culpa disso?
 
     Isso me deixa com o coração sangrando e morrendo de pena de pessoas que tem a capacidade de cuspir pela própria latrina que um copo de cerveja gelada é mais aprazível que uma boa leitura.
 
     Minha indignação vai além em saber que a Clarice Lispector, Arnold Rodrigues, Machado de Assis, Jorge Amado, Ariano Suassuna., sejam trocados por um copo de cerveja e tenho dito, curtindo os Mcs com letras que estimulam a sacanagem e de baixo calão e o mais revoltante; vindo de um grupo de uma empresa que busca ser a maior empresa de alimentos do mundo. Ninguém se pronunciou em cima dando entender que a majestade é conivente com o teor cultural de seus funcionários.
 
     O que mais pode se esperar de um país que não toma uma atitude severa na educação?
 
     Cadê essa tal mãe gentil que não respeita nem berço que um dia foi esplêndido para ela mesma?
 
     O congresso nacional deveria virar uma grande biblioteca e os nossos representantes careceriam pelos menos ter alguns desses mestres da escrita como uma bíblia para eles mesmos aprenderem a se dar o respeito e a respeitar o cidadão deste solo que vive com o peito arfante por não ter a indiscrição de buscar o antídoto de informações dentro do hospital chamado biblioteca.
 
     Eu desconjuro com todos os gêneros, números e graus; maldito seja o Brasil varonil que trata a educação igual a puta que o pariu.
 
 
Flávio Cavalcante
Flavio Cavalcante
Enviado por Flavio Cavalcante em 11/01/2016
Reeditado em 11/01/2016
Código do texto: T5507747
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