UMA AUTO MISANTROPIA

Sparkline 27620

Sexta-Feira, 15 de Janeiro de 2016

O Jornal "O Globo" desta data, traz uma matéria interessante e que deveria ser lida por grande parte da população brasileira, quiçá mundial. Porque faz uma abordagem sobre estudos e análises a respeito dos métodos, atos, comportamentos humanos nesse nosso planeta.

A comparação que é colocada, dá bem a ideia do alto poder de destruição ao qual o ser humano desenvolve contra seu próprio planeta, com reflexos profundos e diretos em sua própria destruição, num futuro quase que próximo, a continuar tal performance humana.

E o termo empregado no título dessa matéria, Antropoceno, tem relação com outro, ou outros, tais como antrofobia e misantropia, que tem a ver com a aversão à própria raça humana. Enfim, a impressão primeira e imediata é que o ser humano não gosta dele mesmo. Porque as mazelas que promove em sua existência no planeta, já dá bem a ideia do quanto é destruidora.

Mas fugindo alguns graus dessa direção, temos que analisar as coisas de uma forma muito consciente. Porque o resultado das más ações humanas nos mostra o quanto de mau já foi feito por eles. E um deles está voltado para a violência. Neste caso, contra si e contra seus próprios semelhantes.

E já passou da hora de alguém dar um basta nisso. Só que tal empreitada é quase que um paradoxo, haja vista que , por ser inteligente, o próprio humano já deveria ter observado o que faz em seu cotidiano. E a cada dia que passa, mais evolui essa proposta: fazer o mal.

Até mesmo o progresso é um agente dos mais atuantes nisso. Porque vai colocando o homem em segundo plano, transformando-o em coisa. E seja lá o que isso queira dizer, mas já sabendo que todos o saibam, dá bem para perceber o que de ruim o humano tem feito para usufruir de tudo o que tal progresso lhe oferece.

E é assim que vemos a violência extrapolar todos os limites. A criminalidade já saiu do controle das autoridades. E o paradoxo continua nesse processo, porque observa-se um alto grau de desequilíbrio, até mesmo nos próprios agentes da lei. Não se pode, ainda, determinar qual o percentual dessa gente já contaminada pelo crime. Mas é nítido que o número dela já assusta a todo aquele que se propuser fazer levantamento e análise a respeito.

Enfim, seja por fatores climáticos, sociais, conceituais, dentre muitos outros, a espécie humana está caminhando para a sua própria desgraça. E isso é só uma questão de tempo. Mesmo que exista nisso um outro paradoxo que é o aumento da expectativa de vida das pessoas. Este processo estende a sobrevivência de todos, mas em que nível se dá ou se dará isso?

Quem souber, quiser ou puder, não necessariamente nessa ordem, que responda. A humanidade agradece, antecipadamente.

Aloisio Rocha de Almeida
Enviado por Aloisio Rocha de Almeida em 15/01/2016
Reeditado em 15/01/2016
Código do texto: T5511626
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