O PODER DO AMOR

Eu e minha esposa, Priscila, não temos filhos biológicos, mas temos "filhos postiços", que Deus sempre nos confiou, desde a época em que namorávamos. Todos os nossos cachorros foram adotados por nós, das ruas, abandonados. Sempre nos trouxeram muitas alegrias, pois devolvem nosso amor com mais amor ainda. A nossa "filha", Glorinha, que partiu, agora, e foi morar com Deus, a encontramos em uma caixinha de papelão, ainda filhotinha, abandonada debaixo de uma chuva fina e muito frio, em Peruíbe, no Dia dos Pais (15/08/2004).

Lembro-me que a levamos para casa e dei um banho morno para tirar-lhe a sujeira de seu corpinho. Ela foi crescendo e convivendo com seus irmãos, nossos outros filhos. Ela foi a cachorrinha mais geniosa que tivemos, mas também era muito amorosa. Minha mãe sempre se sentiu muito segura com ela, pois sua "braveza" impunha cuidados às pessoas que passavam na calçada defronte nossa casa. A Priscila, como mãe, sempre auxiliou no que pode. Quando ficava doente, ali estava ela, dando alimentação e remédios na boca da Glorinha. Já, por esses dias, no finalzinho, nós dois sentávamos ao lado da Glorinha e colocávamos todos medicamentos no soro, e assim foi, incessantemente, ao seu lado, até o último momento que ocorreu em 14/01/2016 às 23:15hs.

De fato, acredito muito no poder do espírito. Não sou religioso e nem tenho uma religião específica, mas acredito em um Ser Superior. Creio que Ele seja Jesus e foi Ele quem me ouviu quando pedi socorro para vir buscar a Glorinha e dar-lhe o descanso merecido, livrando-a daquele sofrimento. Fiz uma oração, em meu quarto pedindo isso e não demorou 5 minutos para ser atendido. E é este mesmo Ser de Luz que entendo ter o poder para proporcionar, a quem o procura, o nosso reencontro com qualquer um que amamos e que já partiram para o outro plano, antes de nós.

Por mais que tente expressar, em palavras, o que estou sentindo, neste momento, sempre ficará deveras pobre a transcrição, em letras, pois o sentimento genuíno do coração é algo quase impossível de mensurar. O amor, realmente, transcende todo entendimento humano e só quem aprendeu a amar sabe que aqueles que gostamos nunca se importarão se pertencem à nossa própria espécie e também qual a origem de nosso surgimento, no mundo!

Glorinha, obrigado, minha filha, por tudo, e saiba que sempre te amaremos, de verdade! Até um dia, nossa linda florzinha!!!